Indicadores de gravidade da depressão materna: impacto para problemas comportamentais de escolares
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v8i0.4654Palavras-chave:
Depressão, Criança, Comportamento, Saúde mental, Índice de gravidade de doença.Resumo
Este é um estudo transversal realizado na cidade de Ribeirão Preto, que tem como objetivo sistematizar indicadores clínicos associados à gravidade da depressão recorrente em mães de crianças em idade escolar e avaliar o impacto desses indicadores para o comportamento dos filhos, bem como, identificar se há interferência de determinantes sociais associados às condições sociodemográficas das famílias. A coleta de dados considerou o período de 2007 a 2013, avaliando-se 100 mães com filhos em idade escolar, divididos em Grupo Depressão e Grupo Comparação com 50 díades cada. Utilizou-se Questionário sociodemográfico, Questionário sobre a Saúde do Paciente-9, Entrevista Clínica Estruturada e, Questionário de Capacidades e Dificuldades. Verificou-se que, independente de vulnerabilidades sociais, a gravidade da depressão se configurou como fator de risco para mais problemas de comportamento das crianças no geral (p<0,001; R²a=0,138), internalizantes (sintomas emocionais - p<0,001; R²a=0,186 - e problemas de relacionamento - p<0,001; R²a=0,141) e externalizantes (problemas de conduta - p=0,044; R²a=0,031). A avaliação de indicadores clínicos específicos da depressão pode ser utilizada como complemento no rastreamento sistemático da depressão em diferentes níveis de atenção em saúde, ampliando a qualidade das avaliações e os cuidados à saúde mental materna-infantil.
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