Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: oficinas para Enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v9i0.4838Palavras-chave:
Enfermagem, Trabalho de parto, Dor, Educação continuada, Humanização da assistênciaResumo
Esta é uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa realizada no centro obstétrico de uma maternidade pública na região Sul do Brasil, no período de setembro a dezembro de 2017, que teve como objetivo demonstrar mudanças na percepção e prática da equipe de enfermagem após atividade de educação permanente acerca do uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto. Utilizou-se oficinas audiogravadas e interpretou-se os dados pela análise de conteúdo temática. Realizou-se oito oficinas nos quatro turnos da unidade com 21 profissionais, sendo quatro enfermeiras e 17 técnicas de enfermagem. Emergiram três categorias: “Educação permanente” destacada como deficitária; “Benefícios à parturiente”, com a diminuição das intervenções desnecessárias e “Mudanças na prática cotidiana” que requer atualizações. Constatou-se a necessidade de ampliar as atividades educativas que possibilitem a reflexão teórico-prática, de maneira a integrar o ensino e serviço, melhorando a qualidade da assistência e assegurando os direitos das mulheres a um trabalho de parto humanizado.
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