Caracterização e operacionalização de perícias psicológicas em processos de disputa de guarda

Autores

  • Daiana Meregalli Schütz Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
  • Daiane Oliveira Hausen Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Dalton Breno Costa Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
  • Raquel Alifredi Paulachi Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Tatiana Quarti Irigaray Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v10i1.5067

Palavras-chave:

Prova pericial, Entrevista psicológica, Prática psicológica, Sistema de justiça

Resumo

Estudo documental e retrospectivo, com métodos mistos, realizado entre janeiro a maio de 2018, considerando o período de 2008 a 2017, nos cartórios no estado do Rio Grande do Sul, com objetivo de caracterizar as perícias psicológicas em processos de disputa de guarda em Varas de Família. Utilizou-se estatística descritiva e análise de conteúdo temática. Considerou-se sete cartórios (dos 29 contatados), 45 processos e 54 laudos psicológicos. Os processos analisados envolveram 156 pessoas, sendo 53 autores, 49 réus e 54 menores. Dos principais resultados, os peritos psicólogos entrevistaram o autor em 87,03% e o réu em 79,62%. Das crianças, 81,48% foram avaliados; em 18,18% foi mencionada o uso de entrevista lúdica, e, no caso de 81,82% das entrevistas infantis, não foi descrita a técnica de avaliação. Nas conclusões, decisões judiciais e encaminhamentos emergiram as seguintes categorias: a) Procedimentos e métodos utilizados na avaliação (número de encontros para avaliação, pessoas incluídas na avaliação, instrumentos psicológicos utilizados); b) Conclusões, posicionamento do profissional psicólogo e concordância com o magistrado. Os resultados indicaram que: a) não há uniformidade entre os aspectos a serem avaliados; b) entrevista foi a técnica psicológica mais utilizada; e c) há concordância entre a indicação do perito psicólogo e a decisão do magistrado. As perícias psicológicas analisadas divergem em relação à forma como são operacionalizadas.

Biografia do Autor

Daiana Meregalli Schütz, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

Mestre e Doutoranda em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS.

Daiane Oliveira Hausen, Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Psicóloga. Mestranda na Gerontologia Biomédica na PUCRS e terapeuta EMDR em formação.

Dalton Breno Costa, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Graduando em Psicologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Raquel Alifredi Paulachi, Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Especialização em psicologia de técnicas integradas pelo Instituto Fernando Pessoa e Graduação em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS.

Tatiana Quarti Irigaray, Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pós Doutorado em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS.

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Publicado

2021-12-19

Como Citar

Schütz, D. M., Hausen, D. O., Costa, D. B., Paulachi, R. A., & Irigaray, T. Q. (2021). Caracterização e operacionalização de perícias psicológicas em processos de disputa de guarda. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 10(1), 96–104. https://doi.org/10.18554/refacs.v10i1.5067

Edição

Seção

Artigos originais