Pensar sobre o passado: o pensamento contrafactual na depressão e na vitimização
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v9i1.5197Palavras-chave:
Pensamento, Depressão, Violência.Resumo
Esta é uma pesquisa quantitativa, realizada em 2018 em duas cidades do interior de São Paulo, com o objetivo de caracterizar contrafactos de dois grupos de mulheres. O material utilizado no método foi a Técnica de Avaliação do Pensamento Contrafactual em Adultos, que inclui cinco histórias a serem modificadas pelas participantes. Participaram 18 mulheres com indicativos de depressão e 16 vítimas de violência intrafamiliar. Pensamentos produzidos a partir da primeira questão do material foram classificados como: Contrafactuais Espontâneos, entendidos como elaborações que modificavam o enredo; e Livres, constatações sobre o enredo sem modificá-lo. Foram denominados Pensamentos Contrafactuais sob Escolha de Alternativa Pré-Definida as alternativas de modificação escolhidas na terceira questão do material. Constatou-se frequência maior de contrafactuais espontâneos no grupo de vitimizadas. Os pensamentos dos dois grupos foram, em maioria, ascendentes, subtrativos, autorreferentes e relativos às categorias ação e obrigação. Os pensamentos contrafactuais sob escolha de alternativa foram similares entre os grupos.
Referências
Kray LJ, George LG, Liljenquist KA, Galinsky AD, Tetlock PE, Roese NJ. From what might have been to what must have been: counterfactual thinking creates meaning. J Pers Soc Psychol. [Internet]. 2010 [citado em 15 out 2020]; 98(1):106-118. DOI: 10.1037/a0017905
Byrne, RMJ. The rational imagination: how people create alternatives to reality. Cambridge: MIT Press; 2005. 472p.
Byrne, RMJ. Counterfactual thought. Annu Rev Psychol. [Internet]. 2016 [citado em 15 out 2020]; 67:135-57. DOI: 10.1146/annurev-psych-122414-033249
Roese NJ, Epstude K. The functional rheory of counterfactual thinking: new evidence, new challenges, new insights [Internet]. In: Olson JM, editor. Advances in experimental social psychology. Amsterdam: Elsevier; 2017 [citado em 15 out 2020]. v. 56, chap. 1, p. 1-79. DOI: 10.1016/bs.aesp.2017.02.001
Van Hoeck N, Watson PD, Barbey AK. Cognitive neuroscience of human counterfactual reasoning. Front Hum Neurosci. 2015 [citado em 15 out 2020]; 9(420):1-18. DOI: 10.3389/fnhum.2015.00420
Van Hoeck N, Ma N, Ampe L, Baetens K, Vandekerckhove M, Van Overwalle F. Counterfactual thinking: an fMRI study on changing the past for a better future. Soc Cogn Affect Neurosci. 2013 [citado em 15 out 2020]; 8(5):556-64. DOI: 10.1093/scan/nss031
Justino FLC, Schelini PW. Cognições sobre eventos passados: uma revisão da literatura. Rev Colomb Psicol. 2018 [citado em 15 out 2020]; 27(2):103-116. DOI: 10.15446/rcp.v27n2.65585
Rye MS, Cahoon MB, Ali RS, Daftary T. Development and validation of the Counterfactual Thinking for Negative Events Scale. J Pers Assess. 2008 [citado em 15 out 2020]; 90(3):261-9. DOI: 10.1080/00223890701884996
Juhos C, Quelhas AC, Senos J. Pensamento contrafactual na depressão. Psychologica. 2003 [citado em 15 out 2020]; 32(1):199-215. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/cpp.593
Faccioli JS, Schelini PW. A frequência de pensamentos contrafactuais em pessoas com e sem sinais indicativos de depressão. Bol Psicol. [Internet]. 2014 [citado em 11 nov 2020]; 63(139):201-16. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v63n139/v63n139a08.pdf
Faccioli JS., Schelini PW. Styles of counterfactual thoughts in people with and without signs of depression. Span J Psychol. [Internet]. 2015 [citado em 15 out 2020]; 18:1-11. DOI: 10.1017/sjp.2015.51
Faccioli JS, Justino FLC, Schelini PW. Elaboração de técnica para avaliar o pensamento. Estud Pesqui Psicol. [Internet]. 2015 [citado em 15 out 2020]; 15(1):196-217. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v15n1/v15n1a12.pdf
Faccioli, JS. Efeitos do pensar sobre o passado: pensamentos contrafactuais de estudantes universitários com e sem indicativos de depressão [Internet]. (dissertação). São Carlos: Universidade Federal de São Carlos; 2017 [citado em 15 out 2020]. 166p. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/9393
Cunha, JA. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora; 2001. 171p.
McCloy, R., Byrne RMJ. Counterfactual thinking about controllable events. Mem Cognit. [Internet]. 2000 [citado em 15 out 2020]; 28:1071-8. https://www.researchgate.net/publication/225370266_Counterfactual_Thinking_about_Controllable_Events
Miranda M. Dilema da montanha. Superinteressante [Internet]. 2012 [citado em 07 out 2020]. Ed Esp. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/natureza-dilema-da-montanha/
Miranda M. Renascido para viver. Superinteressante [Internet]. 2012 [citado em 07 out 2020]. Ed Esp. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/corpo-renascido-para-vencer/
Tabak B. Celular e elevador salvaram ajudante de obras de desabamento no Rio. O Globo [Internet]. 2012 [citado em 07 dez 2019]. Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/01/celular-e-elevador-salvaram-ajudante-de-obras-de-desabamento-no-rio.html
Pallant J. SPSS survival manual: a step by step guide to data analysis using the SPSS program. 4th ed. New York: McGraw Hill; 2020. 380p.
Quelhas AC, Power M J, Juhos C, Senos J. Counterfactual thinking and functional differences in depression. Clin Psychol Psychother. [Internet]. 2008 [citado em 15 out 2020]; 15(5):352-65. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19115454/
Broomhall AG, Phillips WJ, Hine DW, Loi NM. Upward counterfactual thinking and depression: a meta-analysis. Clin Psychol Rev. [Internet]. 2017 [citado em 15 out 2020]; 55:56-73. DOI: 10.1016/j.cpr.2017.04.010
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.