Papéis ocupacionais de um pai e cuidador principal de um portador de esquizofrenia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v9i0.5669

Palavras-chave:

Saúde Mental, Terapia Ocupacional, Cuidadores.

Resumo

Este é um estudo de caso qualitativo, realizado em 2018 numa cidade do interior mineiro, num Centro de Atenção Psicossocial para adultos, com o objetivo de analisar os papéis ocupacionais de um familiar, cuidador principal de um filho com esquizofrenia. Utilizou-se a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais e entrevista semiestruturada para coleta de dados e aplicada a análise de conteúdo temática. Observou-se impacto nos papéis ocupacionais do pai ao tornar-se cuidador, em razão da sobrecarga emocional, social e financeira vivenciada durante o processo de cuidado e pela burocracia da administração pública. Os papeis de cuidador, membro de família e passatempo se apresentaram como presentes e possíveis de seguirem no futuro. Ser cuidador de uma pessoa com transtorno mental mostrou acarretar a perda de vários papéis ocupacionais.

Biografia do Autor

Emmanuelle Cristina Silva Ribeiro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Terapeuta Ocupacional. Especialista em Saúde da Criança e do Adolescente na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Andrea Ruzzi-Pereira, Curso de Terapia Ocupacional da UFTM

Terapeuta Ocupacional. Especialista em Saúde Pública com ênfase em Saúde Mental. Mestre e Doutora em Saúde da Comunidade. Pós Doutora em Psicologia. Professora Adjunta do Curso de Terapia Ocupacional da UFTM

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Publicado

2021-08-26

Como Citar

Ribeiro, E. C. S., & Ruzzi-Pereira, A. (2021). Papéis ocupacionais de um pai e cuidador principal de um portador de esquizofrenia. Revista Família, Ciclos De Vida E Saúde No Contexto Social, 9, 852–860. https://doi.org/10.18554/refacs.v9i0.5669