Conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e atividade sexual de pessoas idosas

Resumo

Objetivo: avaliar o conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e a atividade sexual de pessoas idosas. Método: estudo transversal e descritivo, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde no Triângulo Sul de Minas Gerais. Foi realizado amostragem não probabilística, com pessoas idosas, no período de agosto de 2024 a janeiro de 2025. Utilizou-se o Miniexame do Estado Mental, um questionário para caracterização sociodemográfica e clínica e outro para avaliar o conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e sobre a atividade sexual. Resultados: participaram 50 pessoas idosas, com média de idade 73,3 anos (DP=8,51). A maioria era do sexo feminino (82%), autodeclarado branco (56%), casado/união estável (52%), católico (60%), com até oito anos de estudo (46%), aposentado/pensionista (80%), com renda familiar de até três salários-mínimos (80%) e que praticavam atividade física (58%). Todos relataram conhecer o HIV/AIDS e a maioria sabe sobre hepatite B (96%), sífilis (90%), HPV (72%) e identificaram corretamente os sinais e sintomas das infecções investigadas. Apenas 20% dos entrevistados são sexualmente ativos. A maioria reconheceu a importância do uso de preservativo para prevenção tanto destas infecções quanto de gravidez (96%), e acredita que qualquer pessoa possa contrair uma destas infecções (98%). No entanto, entre os que praticam atividade sexual, apenas 18% utilizam o preservativo e de forma ocasional. Conclusão: a maioria dos idosos possui conhecimento adequado sobre as infecções sexualmente transmissíveis investigadas, contudo uma pequena parcela ainda relata conhecimento errôneo sobre alguns aspectos, como meios de transmissão, prevenção e sinais e sintomas, tornando-os vulneráveis a elas e comprometendo o envelhecimento saudável.