Percepções de pessoas em sofrimento psíquico hospitalizadas sobre suas famílias
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v13i00.8710Palavras-chave:
Saúde mental, Angústia psicológica, Hospitalização, FamíliaResumo
Objetivo: compreender as percepções de pessoas em sofrimento psíquico hospitalizadas sobre suas famílias. Método: estudo qualitativo com referencial teórico-metodológico da fenomenologia de Alfred Schutz. Os dados foram coletados por meio de entrevistas de novembro de 2024 a março de 2025, em uma Unidade de Internação Psiquiátrica de um hospital universitário do interior paulista. A análise de dados foi realizada a partir do referencial teórico da fenomenologia social. Resultados: participaram doze pessoas em sofrimento psíquico hospitalizadas. As experiências relatadas foram organizadas em duas categorias; uma evidenciando os “motivos porque”, nomeada: Percepção da pessoa em sofrimento psíquico hospitalizada sobre sua família e relações familiares, e outra que remete aos “motivos para”, intitulada Intencionalidades da pessoa em sofrimento psíquico hospitalizada em relação à sua família. Conclusão: a ideia de que a família é fonte de apoio e suporte, especialmente durante a hospitalização, demonstra como a funcionalidade familiar é imprescindível para o desenvolvimento psíquico e para apoio ao tratamento. Por outro lado, entender a família de maneira não idealizada permite compreender que conflitos são inevitáveis para a emersão da singularidade, contudo, quando estes conflitos são intensos e persistentes, podem contribuir para o surgimento e agravamento do sofrimento psíquico.
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