LEVANTAMENTO TAXONÔMICO DE MICROALGAS DE ÁGUA DOCE NA REGIÃO DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO – CAMPUS CERES

Autores

  • Rafael Ferreira dos Santos
  • Daniela Inácio Junqueira

DOI:

https://doi.org/10.18554/acbiobras.v7i1.7652

Palavras-chave:

ecossistema aquático, ficoflora, taxonomia

Resumo

As microalgas são organismos que desempenham importante papel na estabilidade de ecossistemas aquáticos, as quais, além de atuarem na base da cadeia alimentar de ambientes áqueos, são responsáveis por grande parte do oxigênio disponível na atmosfera terrestre. Embora haja uma diversidade elevada de microalgas de água doce, existe uma escassez de estudos taxonômicos abrangentes sobre esses organismos. Dessa forma, objetivou-se realizar um levantamento taxonômico de microalgas de água doce em dois cursos d’água que percorrem a região do Instituto Federal Goiano – Campus Ceres. Foram realizadas coletas e identificação de caracteres em estudo laboratorial, a fim de conhecer a diversidade da ficoflora. A amostragem se deu por meio de algas perifíticas, metafíticas e planctônicas. As coletas foram realizadas em dois meses consecutivos em 10 pontos dos dois cursos amostrais. A identificação foi conduzida por meio do uso de um microscópio óptico, contando com o suporte da literatura especializada. Foram identificados 25 táxons, distribuídos em 6 classes, 12 ordens, 18 famílias e 24 gêneros, pertencentes às divisões Bacillariophyta, Charophyta, Chlorophyta, Cyanophyta, Euglenophyta e Heterokontophyta. Os resultados obtidos indicam expressiva representatividade ficológica na região, os quais atuarão como subsídio para estudos futuros na área, ainda tão poucos na região de Cerrado.

Referências

Raven PH, Evert RF, Eichhorn SE. Biologia vegetal. 6ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan; 2008.

Reviers B. Biologia e filogenia das algas. 1ª ed. Porto Alegre, Artmed; 2006.

Rocha O. Águas doces. Avaliação do estado do conhecimento da diversidade biológica do Brasil. Ministério do Meio Ambiente; 2003.

Lee RE. Phycology. 4ª ed. Cambridge University Press, New York; 2008.

Alvarez N, Penna EJ. Alternativas no monitoreo de calidad de aguas: algas como biodindicadores. Acta Nova. 2004; 2(4): 513-517. http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1683-07892004000100007.

Goldsborough LG, Robinson GGC. Pattern in wetlands. In: Stevenson RJ, Bothwell ML, Lowe RL (Eds). Algal Ecology: freshwater benthic ecosystems. Academic Press, San Diego, 1996; 77-117.

Lanari M. Variabilidade sazonal da estrutura da comunidade de microalgas no infralitoral da Ilha do Arvoredo. Rebiomar do Arvoredo. PROJETO ALGAS MARINHAS DA ILHA DO ARVOREDO. Fundação Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FURG). 2006.

Lawrence GH. Taxonomia das plantas vasculares. Fundação Calouste Gulbenkian; 1973.

Senna PAC, Magrin AGE. A importância da “boa” identificação dos organismos fitoplanctônicos para os estudos ecológicos. Perspectivas da Limnologia no Brasil. Gráfica e Editora União; 1999.

Mayr E. Systematics and the origin of species, from de viewpoint of a zoologist. 7ª ed. Harvard University Press; 1942.

Krienitz L, Bock C. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia. 2012; 698(1): 295-326. https://link.springer.com/article/10.1007/s10750-012-1079-z.

Lourenço SO. Cultivo de microalgas marinhas: princípios e aplicações. São Carlos, Rima Editora; 2006.

Bicudo MEC, Menezes M. Gêneros de algas de águas continentais do Brasil. 3ª ed. São Paulo, Rima Editora; 2017.

Tucci A, Sant’Anna CL, Azevedo MTP, Malone CFS, Werner VR, Rosini EF, Gama WA, Hentschke GS, Osti JAS, Dias AS, Jacinavicius FR, Santos KRS. Atlas de cianobactérias e microalgas de águas continentais brasileiras. 2ª ed. São Paulo, Instituto de Botânica; 2019.

AlgaeBase. 2023. https://www.algaebase.org/search/species/detail/?species_id=27370.

Magurran AE. Measuring Biological Diversity. Blackwell Science, Oxford; 2004.

Graham LE, Wilcox LW. Algae. Prentice-Hall, Upper Saddle River; 2000.

Coesel PFM, Krienitz L. Diversity and Geographic distribution of desmids and other coccoid green algae. Biodiversity and Conservation. 2008; 17: 381– 392. https://link.springer.com/article/10.1007/s10531-007-9256-5.

Round FE. Biologia das Algas. Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro; 1983.

Felisberto SA, Rodrigues L. Influência do gradiente longitudinal (rio- barragem) na similaridade das comunidades de desmídias perifíticas. Revista Brasileira de Botânica. 2005; 28: 241-254. https://www.scielo.br/j/rbb/a/GNnn3JwGWtmxn7D55yZrmsy/?lang=pt&format=pdf.

Moura LCS, Santos SS, Souza CA, Santos CRA, Bortolini JC. Phytoplankton richness and abundance in response to seasonality and spatiality in a tropical reservoir. Acta Limnol. Bras. 2021; 33: 1-12. https://www.scielo.br/j/alb/a/NNybhsPkgvpCkYKPXz7GTxJ/.

Calijuri MC, Alves MSA, Santos ACA. Cianobactérias e cianotoxinas em águas continentais. [S.1: s.n.]; 2006.

Dunck B, Felisberto SA, Nogueira IS. Effects of freshwater eutrophication on species and functional beta diversity of periphytic algae. Hydrobiologia. 2019; 837: 195–204. https://link.springer.com/article/10.1007/s10750-019-03971-x.

Dunck B, Nogueira IS, Felisberto SA. Composição e diversidade de algas perifíticas em veredas sob diferentes impactos antrópicos (Goiás, Brasil). Iheringia. 2013; 68(2): 237-248. https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/22.

Nogueira IS, Leandro-Rodrigues NC. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Ver. Brasil. Biol. 1999; 59(3): 377-395. https://www.scielo.br/j/rbbio/a/M4tdhpYtRQBqmQpyyYn3c7B/.

Hillebrand H, Sommer U. Diversity of benthic microalgae in response to colonization time and eutrophication. Aquatic Botany. 2000; 67: 221-223. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304377000000887.

Worm B, Lotze HK, Bostrom C, Engkvist R, Labanauskas V, Sommer U. Marine diversity shift linked to interactions among grazers, nutrientes and propagule banks. Marine Ecology-Progress Series. 1999; 185: 309–314. https://www.int-res.com/articles/meps/185/m185p309.pdf.

Inmet – Instituto Nacional de Meteorologia, Brasília, DF, Brasil. https://www.gov.br/agricultura/ptbr/assuntos/inmet?r=tempo2/mapasPrecipitacao

Cetto JM, Leandrini JA, Felisberto SA, Rodrigues L. Comunidade de algas perifíticas no reservatório de Irai, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences. 2004; 26(1): 1-7. file:///C:/Users/usuario/Downloads/1645-Texto%20do%20artigo-4382-1-10-20080401.pdf.

Nogueira IS, Nabout JC, Oliveira JE, Silva KM. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea. 2008; 35(2): 219-233. https://www.scielo.br/j/hoehnea/a/vm4mmKt3FGLb9zpTSz6SW9D/?lang=pt.

Downloads

Publicado

2024-06-07

Como Citar

Santos, R. F. dos ., & Junqueira, D. I. . (2024). LEVANTAMENTO TAXONÔMICO DE MICROALGAS DE ÁGUA DOCE NA REGIÃO DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO – CAMPUS CERES. Acta Biologica Brasiliensia, 7(1), 74–92. https://doi.org/10.18554/acbiobras.v7i1.7652

Edição

Seção

Artigos