EXPLORANDO O LÚDICO E OS MODELOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CITOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR

Autores

  • Mariangela Torreglosa Ruiz Cintra Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Irineu Zulato Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.18554/acbiobras.v8iEsp..8687

Palavras-chave:

Metolodologia lúdica, Ensino inclusivo, Hiperfoco, Autismo

Resumo

Este estudo objetiva elaborar uma sequência didática  e avaliar a eficácia de metodologias lúdicas e modelos didáticos no ensino de citologia e biologia molecular, com foco na adaptação para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa foi realizada entre 26 e 30 de agosto de 2024, em uma escola de ensino fundamental e médio no interior de São Paulo, utilizando práticas personalizadas, como maquetes, quizzes interativos e analogias vinculadas aos hiperfocos dos estudantes, para tornar acessíveis conteúdos complexos sobre células e DNA. As atividades foram planejadas com princípios de inclusão e adaptação pedagógica. Um aluno relacionou as organelas celulares a um picadeiro, associando o retículo endoplasmático a cordas de acrobacia e o núcleo a um malabarista principal. Outro aluno fez analogias com caminhões, identificando o citoplasma como a carroceria e o DNA como uma central de controle. Essas estratégias facilitaram a compreensão e estimularam a criatividade e o engajamento. Além das atividades práticas, quizzes interativos reforçaram o conteúdo e incentivaram a interação social. Os resultados indicaram avanços na assimilação dos conceitos e na motivação dos alunos. O estudo reafirma a importância de práticas inclusivas no ensino de ciências. Ao explorar o hiperfoco dos estudantes, o aprendizado se torna mais significativo. As metodologias lúdicas se mostram eficazes na promoção da inclusão, podendo orientar políticas educacionais para um ambiente mais equitativo e acessível.

Referências

1. Vieira JS, Melo AVB, Melo ALFC. O uso de ludicidade no ensino de citologia: uma proposta de jogo de tabuleiro. Revista Foco 2023; 16(6): 1-20. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v16n6-050.

2. Alberts B, Bray D, Johnson A, Lewis J, Raff M, Roberts K, Walter P. Fundamentos de biologia celular. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

3. Vigário AF, Cicillini GA. Os saberes e a trama do ensino de Biologia Celular no nível médio. Ciência & Educação 2019; 25(1): 57-74. https://doi.org/10.1590/1516-731320190010005.

4. Xavier MF, rodrigues PAA. Alfabetização científica e inclusão educacional: ensino de ciências para alunos com Transtorno do Espectro Autista. Cadernos do Aplicação 2021; 34(2): 211-220. https://doi.org/10.22456/2595-4377.114051.

5. Paoli J, Machado PFL. A inclusão de estudantes no espectro autista em aulas de ciências: uma análise a partir da perspectiva histórico cultural. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2024; 24 (e51066): 1–28. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2024u657684.

6. Ferreira SMS, Compiani M. A complexidade da linguagem analógica em ciências para alunos com transtorno do espectro autista. 1ª ed. São Paulo: Editora Científica Digital, p. 14-26, 2021. https://doi.org/ 0.37885/210906271.

7. Lacerda, MA. O diário de bordo na formação docente: um instrumento de reflexão diária, sobre a identidade do professor de História. Revista Educação Pública 2021; 21(24):1.

8. Andrade AM, Girardi JM, Melo MN, Pereira DCR, Lima MG, Amorim RFB, Silva WMC. Recursos educacionais para estudantes com transtorno do espectro do autismo (TEA): síntese de evidências qualitativas. Psicologia Escolar e Educacional 2024; 28: 1-12. https://doi.org/10.1590/2175-35392024-259575.

9. Pereira AAB, Gonzaga LFGB, Porto CN, Souza VB, Oliveira MA. A inserção e o desenvolvimento de pessoas com transtorno do espectro autista no ambiente organizacional. Revista Científica Acertte 2022; 2(5): e2575. https://doi.org/10.47820/acertte.v2i5.75.

10. Peeters T, Gillberg C. Autismo: Do Entendimento Teórico às Estratégias de Intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2016.

11. Murray D, Lesser M, Lawson W. Attention, monotropism and the diagnostic criteria for autism. Autism 2005; 9(2): 139-156. https://doi.org/10.1177/1362361305051398.

12. Grandin T, Moore D. O Cérebro Autista: Pensamento Visual, Hiperfoco e as Grandes Descobertas do Espectro Autista. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

13. Prizant B, Wetherby AM, Rubin E, Laurent C. The SCERTS Model: A Comprehensive Educational Approach for Children with Autism Spectrum Disorders. Baltimore: Brookes Publishing, 2015.

Downloads

Publicado

28-10-2025

Como Citar

EXPLORANDO O LÚDICO E OS MODELOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CITOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR. Acta Biologica Brasiliensia, [S. l.], v. 8, n. Esp., p. 100–112, 2025. DOI: 10.18554/acbiobras.v8iEsp.8687. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/acbioabras/article/view/8687. Acesso em: 5 dez. 2025.