ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA NO PARQUE ENGENHEIRO FELISBERTO NEVES, EM BETIM/MG
DOI:
https://doi.org/10.18554/acbiobras.v3i2.8745Palavras-chave:
diversidade planctônica, ambiente urbano, limnologia tropicalResumo
Este estudo foi realizado no Parque Engenheiro Felisberto Neves na cidade de Betim, MG. O objetivo foi analisar a composição quali-quantitativa da comunidade zooplanctônica de corpos d’água de duas micro-drenagens constituintes do complexo hídrico do Parque, relacionando-se com algumas variáveis abióticas desse ambiente. Foram realizadas amostragens mensais entre março de 2002 a fevereiro de 2003, em três pontos de ambiente lótico e um ponto de ambiente lêntico. Foram filtrados 100 litros de água com uma rede cilindro-cônica de 35 mm de abertura de malha e balde com capacidade de 10 litros. A estrutura da comunidade zooplanctônica foi avaliada através da frequência de ocorrência dos táxons, índices de diversidade e equitabilidade. A comunidade foi representada por 58 taxa (31 Rotifera, 5 Copepoda, 1 Cladocera e 21 Protozoa). Dentre os taxa mais frequentes estão: Bdelloida, Lecane lunaris, nauplios de Cyclopoida e Arcella vulgaris. A diversidade média foi de 2,65 Bits.ind-1 e a equitabilidade foi de 0,69, o que caracteriza, juntamente com os parâmetros físicos e químicos analisados, uma água de boa qualidade, principalmente para proteção das comunidades aquáticas.
Referências
(1) Johnsson, BL; Richardson, WB; Naimo, TJ. 1995. Past, present and future concepts in large river ecology. BioSciense, 45:134 – 141.
(2) Tundisi, JG; Tundisi, TM. Limnologia. 2. ed. São Paulo, SP: Oficina de Textos. 2008, 632p.
(3) De-Carli, BP; Albuquerque, FPde; Moschini-Carlos,V; Pompêo, M. 2018. Comunidade zooplanctônica e sua relação com a qualidade da água em reservatórios do Estado de São Paulo. Iheringia (Série Zoologia), 108:2-11.
(4) Margalef, R. Limnologia. Barcelona: Ediciones Omega S.A., 1983. 1010p.
(5) Coelho-Botelho, MJ. Dinâmica da Comunidade Zooplanctônica e sua Relação com o Grau de Trofia em Reservatórios. São Paulo: CETESB, 2003.
(6) Koste, W. Rotatoria: Die Rädertiere mitteleuropas ein bestimmungswerk begrundet von Max Voigt. Überordnung monogononta. Berlim: Gebruder Borntraeger, 1978. V.1(673p.) e V.2(474p.).
(7) Elmoor-Loureiro, LMA. Manual de Identificação de Cladóceros Límnicos do Brasil. Brasília: Universa, 1997. 156p.
(8) Nogrady, T; Segers, H. Rotifera: Asplanchnidae, Gastropodidae, Lindiidae, Microcodidae, Synchaetidae, Trochosphaeridae and Filinia. In: Dumont, H. J. (ed). Guides to the Identification of the microinvertebrates of the continental waters of the world. Netherlands: SPB Academic Publishers, 2002. v. 6, p.264.
(9) Silva, W M. 2008. Diversity and distribution of the free-living freshwater Cyclopoida (Copepoda: Crustacea) in the Neotropics, Brazil. Brazilian Journal of Biology 68:1099-1106.
(10) Perbiche-Neves, G; Boxshall, G A; Previattelli, D; Nogueira, MG; Rocha, C E F da. 2015. Identification guide to some Diaptomid species (Crustacea, Copepoda, Calanoida, Diaptomidae) of “de la Plata” River Basin (South America). ZooKeys. 111: 1-111.
(11) AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - APHA. Standard methods for examination of water and wastewater. Denver: APHA, 2018.
(12) Shannon, CE; Weaver, W. The mathematycal theory of communication. Urbana: University of Illinois Press, 1963. 117p.
(13) Pielou, EC. 1966. The measurement of diversity in different types of biological collection. J. Theor. Biol., 13: 131-144.
(14) Davis, D. Digital Theory. In: Davis, D, Patronis, E, Brown, P (ed). Sound System Engineering. Focal Press. 2013. p. 33.
(15) Sorensen, T. A method of establishing groups of equal amplitude in plant sociology based on similarity of species content and its application to analyses of the vegetation of Danish commons. Biol. Skr., v. 5, 34p. 1948.
(16) Landa, G G. 1997. Contribuição ao estudo da comunidade zooplanctônica em uma área sob influência de mineração na bacia do rio Jequitinhonha – MG. Bios, 5: 69-80.
(17) Lair, N. 2006. A review of regulation mechanisms of metazoan plankton in riverine ecosystems: aquatic habitat versus biota. River Research and Applications, 22:567-593.
(18) Esteves, F A. Fundamentos de limnologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2011.
(19) Dabés, MBGS. 1995. Composição e descrição do zooplâncton de cinco lagoas marginais do rio São Francisco, Pirapora, Três Marias, Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Biol., 55: 831-845.
(20) Koste, W; Shiel, RJ. 1991. Rotifera from Australian Inland Waters. V. Lecanidae. Transc. of The Royal Soc. of Austr., 114: 1-36.
(21) Ruttner-Kolisko, A. Plankton rotifers: Biology and Taxonomy. Stuttgart: E. Schweizerbart’sche verlagsbuchhandlun, 1974. 146p.
(22) Winner, JM. Zooplankton. In: Whitton, BA (ed.). River Ecology. Oxford: Blackwell Scientific, 1975. Cap. 7, p. 155-169. (Suties in Ecology, v. 2).
(23) José de Paggi, S; Paggi, JC. 1998. Zooplancton de ambientes acuáticos com diferente estado trófico y salinidad. Neotrópica, 44(111/112): 95-106.
(24) Bozelle, RL; Esteves, FA. Influência da flutuação do nível da água sobre a densidade da comunidade zooplanctônica do Lago Mussurá e rio Trombetas – Oriximiná (PA). In: SEMINÁRIO REGIONAL DE ECOLOGIA, 6, 1991, São Carlos (SP). Anais... São Carlos, 1991, p. 47-66.
(25) Santos, RM, Moreira, RA, Rocha, O. 2013. Composição e abundância do zooplâncton em um córrego urbano. Forum Ambiental da Alta Paulista, 9(3):18-32.
(26) Lansac-Tôha, FA. et al 2001. On the occurrence of testate amoebae (Protozoa, Amoebozoa, Rhizopoda) in Brazilian inland waters. III. Family Difflugiidae: Genus Difflugia. Acta Scientiarum, 23(2): 305-321.
(27) Wetzel, RG. Limnology: Lake and river ecossystems. 3.ed. San Diego: Academic Press, 2001. 1006p.
(28) Rolla, ME; Dabés, MBGS; França, RC; Ferreira, EMVM. 1992. Inventário limnológico do rio Grande na área de influência da futura usina hidrelétrica (UHE) de Igarapava. Acta Limnologica Brasiliensia, 4:139-162.
(29) Velho, LFM; Lansac-Tôha, FA; Bini, LM. 1999. Spatial and temporal variation in densities of testate amoebae in the plankton of the Upper Paraná River floodplain, Brazil. Hydrobiologia, 411: 103-113.
(30) Paggi, JC; José De Paggi, S. 1990. Zooplâncton de ambientes lóticos e lênticos do rio Paraná Médio. Acta Limnologica Brasiliensia, 3: 685-719.
(31) Lima, AF.; Lansac-Tôha, F A; Velho, LF.M; Bini, LM. 1998. Environmental influence on Planktonic Cladocerans and Copepods in the Floodplain of the Upper River Paraná, Brazil. Stud. Neotrop. Fauna Environm., 33: 188-196.
(32) Dunn, IG. 1970. Recovery of a tropical pond zooplankton community after destruction by algal bloom. Limnol. Oceanogr., 15: 373-379.
(33) Wilhm, JL.; Dorris, TC. 1968. Biological parameters for water quality criteria. BioScience, 18: 477-481.
(34) Bohrer, MBC, Rocha, NN, Godolphin, BF. 1988. Variações espaço-temporais das populações de Cladocera (Crustacea – Branchiopoda) no Saco de Tapes, Laguna dos Patos, RS. Acta Limnologica Brasiliensia, 2:549-570.
(35) Berzins, B; Pejler, B. 1987. Rotifer occurrence in relation to pH. Hydrobiologia, 147: 107-116.
