Avaliação da segurança e conforto do coletor menstrual durante a pratica esportiva: um estudo de coorte prospectivo.

Autores

  • Maita Poli de Araujo Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
  • Barbara Pelincer Brigido Universidade Anhembi Morumbi
  • Laisa Chimello Universidade Anhembi Morumbi
  • Marair Gracio Ferreira Sartori Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
  • Benno Ejnisman Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
  • Alberto de Castro Pochini Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Palavras-chave:

exercício, produtos de higiene menstrual, conforto do paciente.

Resumo

Objetivo: avaliar a segurança e conforto do coletor menstrual durante a pratica esportiva. Métodos: foi realizado um estdo de coorte prospectiva, com 49 jogadoras de handebol, com idade média de 22 ± 2 anos. As participantes foram convidadas a usarem o dispositivo durante três ciclos menstruais. Os principais desfechos do estudo foram: facilidade de inserção do dispositivo, dor, desconforto nas relações sexuais, vazamento de sangue e / ou perda do coletor menstrual durante o exercício. A comparação das variáveis contínuas foi realizada pelo teste t e a comparação das variáveis qualitativas pelo teste do qui-quadrado. Resultados: O grau de satisfação geral do uso do coletor menstrual durante o esporte foi alto (82%). A inserção e remoção do dispositivo oi considerada simples pela maioria das usuárias e o grau de facilidade aumentou nos ciclos subsequentes. A queixa de vazamento do fluxo menstrual durante o esporte ocorreu em 63,3% das atletas no primeiro ciclo e caiu para 42,9% no último ciclo (p> 0,05). Houve perda do dispositivo durante o exercício em 36,7% das atletas no primeiro ciclo, 30,6% no segundo e 26,5% no terceiro ciclo (p> 0,05). Das atletas que tiveram relações sexuais com o coletor, 90,9% delas não apresentaram desconforto. Conclusão: embora o vazamento e a perda do coletor menstrual possam ocorrer durante a pratica esportiva, a aceitabilidade do método foi alta entre as atletas.

Biografia do Autor

Maita Poli de Araujo, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Docente da Disciplina de Medicina do Esporte e da Atividade Física do Departamento de Ortopedia da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP)

Marair Gracio Ferreira Sartori, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Chefe do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP)

Alberto de Castro Pochini, Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo

Chefe da Disciplina de Medicina do Esporte e da Atividade Física do Departamento de Ortopedia da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP)

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Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Artigos originais