Como estamos nos deslocando? Um estudo do deslocamento ativo de adultos de uma cidade do nordeste brasileiro
Resumo
A prática regular de atividade física pode trazer benefícios como redução do risco de doenças cardiovasculares, controle do peso corporal, melhoria da função pulmonar e fortalecimento muscular. O deslocamento ativo como andar a pé e de bicicleta pode ser uma importante estratégia para a promoção da saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar as prevalências da inatividade física na forma de deslocamento para ir à escola/curso e ao trabalho, de adultos da cidade de Teresina/PI, entre os anos de 2011 e 2021. Foram utilizados os dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), dos anos de 2011 e 2021, da capital de Teresina. A principal questão do VIGITEL que foi relevante para este estudo trata-se da prática de atividade física no deslocamento. A análise para comparar as prevalências entre os inquéritos, para cada variável independente, foi empregado o teste do Qui-Quadrado, levando-se em conta o nível de significância igual a 5%. Os resultados gerais deste estudo evidenciaram um aumento de 11,2% entre uma década, na prevalência da inatividade física no deslocamento para o trabalho e de 3,8% no deslocamento para escola/curso. Em comparação com as variáveis independentes, os avaliados com faixa etária acima de 40 anos e ? 60 anos, e entre os avaliados de ambos os sexos observou-se aumento significativo da prevalência da inatividade física no deslocamento para o trabalho e para escola/curso. Portanto, o desafio mais importante para as políticas públicas, relacionada à atividade física no deslocamento, é aumentar esta prática entre aqueles que atualmente não realizam, proporcionando meios de planejamento urbano voltados ao uso de transportes ativos como caminhadas e ciclismo.
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