Reutilização de bagaço de cana como bioadsorvente na remoção do azul de metileno em leito fixo
DOI:
https://doi.org/10.18554/rbcti.v5i1.3346Palavras-chave:
adsorção, corante, biomassa, efluentes têxteis, biossorçãoResumo
Atualmente, a indústria têxtil emprega diversos tipos de corantes e pigmentos, gerando uma imensa quantidade de efluentes para descarte. A remoção da cor pela adsorção é uma tecnologia bastante eficiente, barata e de simples operação. No entanto, devido ao elevado custo dos adsorventes comerciais, materiais alternativos estão sendo estudados, a fim de combinar uma boa capacidade de adsorção com o baixo custo. O bagaço de cana é o mais abundante resíduo da indústria sucroalcooleira do país e apresenta características estruturais que o torna um material adsorvente em potencial. O presente trabalho estudou a capacidade do bagaço de cana em adsorver o corante azul de metileno. Foram realizados experimentos para determinar a isoterma de equilíbrio, a cinética do processo e a dinâmica de adsorção em uma coluna de leito fixo. Os resultados mostraram que o bagaço possui elevado potencial para a adsorção do corante, com capacidade máxima de adsorção de 63,93 mg de corante/g de biomassa. A isoterma de adsorção foi favorável, representada pelo modelo de Sips, sendo a cinética de adsorção representada pelo modelo de pseudo-segunda ordem. As curvas de ruptura em leito fixo foram representadas pelo Modelo de Yan. O sistema operou de forma contínua, com uma concentração do corante na saída que garantiu a potabilidade da água.
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