Educação permanente de agentes comunitários de saúde sobre infarto agudo do miocárdio

Autores

  • Letícia Modesto Oliveira Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG https://orcid.org/0000-0001-6402-4683
  • Marina Pereira Rezende Curso de Graduação em Enfermagem e Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG https://orcid.org/0000-0003-4054-8911
  • Lúcia Aparecida Ferreira Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG https://orcid.org/0000-0001-6469-5444
  • Adriana Cristina Nicolussi Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde e Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG https://orcid.org/0000-0001-5600-7533

DOI:

https://doi.org/10.18554/refacs.v13i00.8372

Palavras-chave:

Agentes comunitários de saúde, Educação continuada, Infarto do miocárdio

Resumo

Objetivo: avaliar o nível de conhecimento dos agentes comunitários de saúde antes e após a realização de uma atividade de educação permanente em saúde acerca do infarto agudo do miocárdio. Método: pesquisa quantitativa, analítica e prospectiva, realizada em uma Unidade Matricial de Saúde, localizada na região do Triângulo Mineiro, com agentes comunitários de saúde de três estratégias de saúde da família. A coleta de dados ocorreu antes e após intervenção educativa, com intervalo de dois meses em 2024; por meio de um questionário contendo questões sociodemográficas, laborais e sobre o infarto agudo do miocárdio. A intervenção educativa foi realizada por meio de um encontro presencial, no qual o conteúdo foi abordado por meio de uma roda de conversa e da distribuição de material impresso, contemplando as variáveis relacionadas ao conceito, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e complicações. Resultados: participaram 10 agentes comunitários de saúde, com média de idade de 41,8 anos. O número de acertos no pré-teste variou entre três a cinco de um total de seis questões, enquanto essa variação no pós-teste foi de dois a seis acertos. Não houve diferença estatisticamente significativa na comparação das médias entre os dois momentos. Conclusão: apesar de não haver diferença estatisticamente significativa, houve um aumento nos acertos referente ao tratamento e prevenção do infarto agudo do miocárdio. Fatores como sobrecarga de trabalho e ambiente inadequado para aprendizagem podem ter interferido nos resultados. Portanto, é crucial que intervenções educativas sejam continuamente adaptadas às realidades enfrentadas no dia a dia pelos agentes comunitários de saúde.

Biografia do Autor

  • Adriana Cristina Nicolussi, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde e Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba/MG

    Enfermeira, Mestre em Enfermagem Fundamental, Doutora em Ciências. Professora do Departamento de Enfermagem na Assistência Hospitalar (DEAH) do Instituto de Ciências da Saúde (ICS), docente do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde da da UFTM.

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Publicado

2025-06-26

Edição

Seção

Artigos originais

Como Citar

Educação permanente de agentes comunitários de saúde sobre infarto agudo do miocárdio. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, [S. l.], v. 13, n. 00, p. e025010, 2025. DOI: 10.18554/refacs.v13i00.8372. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/8372. Acesso em: 15 jul. 2025.