Nomofobia e suas repercussões nas ocupações dos estudantes universitários
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v12i1.7238Palavras-chave:
Transtorno de adição à internet, Ocupações, Saúde do estudanteResumo
Objetivo: investigar a existência da nomofobia entre universitários e suas repercussões ocupacionais. Método: pesquisa quanti-qualitativa, de abordagem descritiva, realizada com acadêmicos de uma universidade pública federal entre os anos de 2022 e 2023. Os dados foram coletados através do Nomophobia Questionnaire versão validada para português brasileira da aplicação, após a experiência retirada dos smartphones durante o período de um turno de aula. Utilizou-se análise de conteúdo e análise descritiva. Resultados: participaram 68 universitários, com idade média de 22 anos, dos quais 54 se identificavam como mulheres. Os universitários pontuaram acima de 20 pontos, com destaque para 50% moderado e 23,5% em grau de Nomofobia. Três categorias temáticas foram construídas: Reações frente ao afastamento das ocupações relacionadas ao Smartphone; As ocupações, o esquecimento e a busca pelo aparelho; e a Tranquilidade por estar envolvido em outra atividade. Conclusão: o uso irrestrito e desenfreado dos smartphones pode acarretar prejuízos na realização de outras ocupações, como atividades acadêmicas, lazer, participação social e descanso e sono destes estudantes, podendo evoluir para quadros que comprometem a saúde e bem-estar, como é o caso da nomofobia.
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