Condução das práticas de terapeutas ocupacionais brasileiros permeada pelos discursos de morte e cuidado paliativo
DOI:
https://doi.org/10.18554/refacs.v13i00.8684Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Cuidados Paliativos, Cuidados paliativos na terminalidade da vida, Fluxo de TrabalhoResumo
Objetivo: identificar como os discursos sobre a morte e cuidados paliativos conduzem a prática de terapeutas ocupacionais no cuidado de pacientes com câncer em final de vida. Método: estudo qualitativo exploratório, ancorado nos Estudos Culturais, tendo como referencial teórico e metodológico, os pensamentos de Michel Foucault. Os profissionais foram recrutados pela técnica snowball. Os dados foram coletados via entrevista semiestruturada online e observação não participante em uma instituição hospitalar oncológica. O tratamento dos dados se deu pela Análise de Discurso foucualtiana. Resultados: participaram 21 terapeutas ocupacionais, e a analise evidenciou que os discurso sobre a morte conduz diferentes práticas de cuidado, agrupadas em três categorias: Formação profissional, incluindo arcabouço teórico, fragilidades e instrumentalização; Dinâmicas da prática, envolvendo compreensão sobre os cuidados paliativos, dificuldades práticas, institucionais e relações interprofissionais; e Parâmetros éticos/legais, técnicos e institucionais, que orientam a atuação e condução das práticas. Conclusão: a configuração dos discursos de morte e dos cuidados paliativos durante a formação acadêmica e a prática profissional, bem como os atravessamentos éticas/legais, técnicas e institucionais, conduz o fazer clínico do terapeuta ocupacional, modificando estratégias terapêuticas e a condução das práticas de cuidado de sujeitos com câncer em final de vida.
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