SOBRE PESQUISA, DIDÁTICA E FORMAÇÃO: CONSTRUINDO NOSSAS PRÁTICAS COM CURRÍCULOS QUE TRANSVERGEM. ENFRENTANDO A COLONIALIDADE EM SUAS MAIS DIVERSAS FORMAS

Autores

  • Noelia Rodrigues Pereira Rego CEPL - Coletivo de Educação Popular e Libertária UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v11i2.5680

Palavras-chave:

Colonialidade, epistemicídio, Currículos que Transvergem, enfrentamento, Subalternizadxs-Mambembes-Insurgentes, Práticas-Investigativas-Transformadoras

Resumo

Trazemos em nosso processo de constituição social as marcas da dor e da ferida colonial. Conhecer, identificar e enfrentar essas dores e marcas não é um movimento tão fácil, requer disposição, ganha-se inimizades, porque passamos a mexer no terreno dos privilégios. O que tensionamos trazer neste artigo resulta de nossas Práticas-Investigativas-Transformadoras, a nossa PIT, que nasce de nosso trabalho de doutoramento. É por meio deste trabalho de investigação que defendemos ainda a Banca Popular e Currículos que Transvergem, como formas de pesquisa, didática, prática e formação outras. Somado a isso, reivindicamos ainda a perspectiva da Trans-form-AÇÃO, que seria transgredir, transformar, formar e agir por um outro viés. Contra-hegemônico e anti/contra/decolonial, por assim dizer, seria também uma forma de resistência e insurgência, de luta e de reinvenção de novos caminhos no enfrentamento à colonialidade, enquanto Subalternizadxs-Mambembes-Insurgentes que somos. É quando ocupar espaços torna-se urgente e salutar no combate ao epistemicídio e à biblioteca colonial que insistem em querer nos tragar.

Biografia do Autor

Noelia Rodrigues Pereira Rego, CEPL - Coletivo de Educação Popular e Libertária UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Educadora Popular Doutora em Educação - UNIRIO Idealizadora do CEPL - Coletivo de Educação Popular e Libertária

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Publicado

2024-12-30