FIGURAS FULGURANTES: A GEOMETRIZAÇÃO DO ESPAÇO LLANSOL

Autores

  • Sônia Helena de Oliveira Raymundo Piteri
  • Karine Marize Vitagliano

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v2i01.40

Resumo

Os pregos na erva  (1962), primeiro livro de Maria Gabriela Llansol, apresenta-nos diversas texturas e desenhos que rompem com as linhas divisórias dos espaços textual e pictórico devido ao processo de figurativização que entremeia e colore com palavras o universo literário. Os contos inseridos nessa obra são pautados por um mínimo de ações que sepultam as vozes das personagens, fazendo expandir uma outra composição, um novo fluxo, não da ordem do contínuo narrativo, mas do contínuo textual. Os três contos a serem analisados (“Intróito”, “A casa às avessas” e “A manhã morta”) ganham destaque pela incidência significativa de matizes poéticos que colocam em movimento a representação e o  universo paralítico da narrativa, por meio dos diálogos que estabelece com a pintura, especialmente com os quadros de Amadeo Modigliani (“Young Brunette”) e de Picasso (“A criança com a pomba”). Assim, as linhas da escrita se cruzam com as linhas geométricas da pintura e esboçam triângulos e círculos, responsáveis por figuras que transcendem a linguagem figurada e figurativa, acentuando, dessa maneira, as imagens sugeridas pelo fulgor da textualidade. PALAVRAS-CHAVE: Llansol; figuras; espaço textual; espaço pictórico.

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Como Citar

Piteri, S. H. de O. R., & Vitagliano, K. M. (2011). FIGURAS FULGURANTES: A GEOMETRIZAÇÃO DO ESPAÇO LLANSOL. Revista Do Sell, 2(01). https://doi.org/10.18554/rs.v2i01.40

Edição

Seção

Artigos