Trabalhando a autoestima linguística na EJA por meio de dinâmicas de grupo

Autores

  • Ana Claudia Oliveira Araujo
  • Talita de Cássia Marine Universidade Federal de Uberlândia-UFU

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v9i1.4132

Palavras-chave:

Ensino de Língua Portuguesa, Sociolinguística Educacional, Dinâmica de Grupo, Autoestima Linguística.

Resumo

Neste artigo discorremos sobre as contribuições da Sociolinguística Educacional ao ensino de língua portuguesa no âmbito da Educação Básica. Propomos algumas reflexões acerca da Pedagogia da Variação Linguística e da sua relevância para a elevação da autoestima linguística do alunado, bem como para o combate ao preconceito linguístico. Como recurso didático que respalde o tipo de ensino que defendemos, apresentamos o uso de dinâmicas de grupo como proposta didática para o ensino de língua portuguesa no ensino Fundamental II voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A fim de exemplificar a pertinência desse recurso, apresentamos umas das dinâmicas que foi criada e aplicada ao longo do desenvolvimento da dissertação de mestrado defendida neste ano no programa de pós-graduação Mestrado Profissional em Letras (Profletras) da Universidade Federal de Uberlândia (Cf. ARAÚJO, 2019). Buscamos demonstrar que uma abordagem inovadora de ensino de língua, que valoriza o conhecimento prévio do aluno, bem com as suas variedades linguísticas e que propõe um ensino pautado na reflexão da língua em uso em toda sua dimensão heterogênea, dinâmica e multifacetada, coopera com o combate ao preconceito linguístico e contribui para a elevação da autoestima linguística do alunado, favorecendo o desenvolvimento de sua competência comunicativa.

Biografia do Autor

Ana Claudia Oliveira Araujo

Licenciada em Letras – português e inglês, pela Universidade Estadual de Goiás, especializada em Docência do Ensino Superior e Recursos Humanos. Mestre em Letras pela Universidade Federal de Uberlândia. Doutorando em Estudos da Linguagem na Universidade Federal de Goiás-UFG.  Professora na rede municipal de ensino de Caldas Novas-GO.

Talita de Cássia Marine, Universidade Federal de Uberlândia-UFU

Professora associada nível I do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia. Possui graduação em Letras (Português e Alemão) pela UNESP/Araraquara, onde realizou também o mestrado e o doutorado em Linguística e Língua Portuguesa com estágio PDEE na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Atualmente, desenvolve e orienta pesquisas na área de ensino de língua portuguesa à luz da Sociolinguística Educacional. É membro permanente do GT de Sociolinguística da ANPOLL. 

Referências

ARAÚJO, A. C. O. Trabalhando a autoestima linguística na EJA: Um trabalho à luz da Pedagogia da Variação Linguística. Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.

ANTUNES, C. Novas Maneiras de Ensinar - Novas formas de Aprender. Rio de Janeiro: Artmed, 2002.

BAGNO, M. Preconceito linguístico; o que é, como se faz. 27 ed. São Paulo: Loyola, 1994.

BAGNO, M. Sete erros aos quatro ventos: A variação linguística no ensino de português. São Paulo: Parábola, 2013.

BORTONI-RICARDO, S. M. A língua portuguesa no Brasil: Um modelo para a análise sociolinguística do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

BRANDEN, N. Autoestima e os seus seis pilares. São Paulo: Saraiva, 2000.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.

BRONZATO, L. H. A dinâmica de grupo no ensino da oralidade. In Revista Prolíngua, Volume , Número 1- Jan./Jun de 2009.

CYRANKA, L. F. M.; PERNAMBUCO, D. L. C. A língua culta na escola: uma interpretação sociolinguística. Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação, Juiz de Fora, v. 10, jan. /dez. 2007.

FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desfazendo alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008.

HORWITZ, E. K. Using student beliefs about language learning and teaching. In the foreign language methods course. Foreign Language. Anais, v. 18, n. 4, p. 333-340, 1985.

LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008 [1972].

LIMA, L. de O. Dinâmicas de Grupo na Empresa, no Lar e na Escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desfazendo alguns nós. São Paulo: Parábola, 2008.

LUFT, C. P. Língua e Liberdade. São Paulo: Ática, 1998.MOLLICA, C. Fundamentação teórica: conceituação e delimitação. In: MOLLICA, C.; BRAGA, M. L. (orgs.). Introdução à Sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2003. p.9-20.

MARINE, T. C., BARBOSA, J. B. – Crenças linguísticas de alunos do PROFLETRAS de universidades no Triângulo Mineiro. In: Revista Letrônica. Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 361-379, jan.-jun. 2017

MOSQUERA, J. J. M.; STOBÄUS, C. D. Autoimagem, autoestima e autorealização na universidade. In: ENRICONE, D. (Org.). A docência na educação superior: sete olhares. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.

SIMKA, S. Pedagogia do Encantamento: O ensino de escrita em Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo: PUC/SP, 2017.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1996.

VALLE, M C. Dinâmicas de grupo para se fazer na escola. Dissertação (Mestrado em Letras), Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora: UFJF/FALE, 2018.

Downloads

Publicado

2020-06-29

Como Citar

Araujo, A. C. O., & Marine, T. de C. (2020). Trabalhando a autoestima linguística na EJA por meio de dinâmicas de grupo. Revista Do Sell, 9(1), 161–184. https://doi.org/10.18554/rs.v9i1.4132