A QUESTÃO DA MEMÓRIA EM NARRATIVAS DE TESTEMUNHO

Autores

  • Raysa Luana da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - campus Três Lagoas

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v4i2.459

Resumo

A chamada literatura de testemunho, surgida na América Latina e difundida em várias partes do mundo, abrange produções literárias que surgiram a partir de memórias narradas por aqueles que viveram sob o domínio de regimes autoritários, como é o caso dos que passaram pela experiência violenta dos campos de concentração no regime nazista na Europa. Tais relatos transitam entre a necessidade de lembrar e a impossibilidade de esquecer os fatos ocorridos, revelando o quão difícil é resgatar e registrar memórias de períodos sobremaneira traumáticos, como fica evidenciado em obras do escritor espanhol Jorge Semprún, um sobrevivente do campo de concentração alemão Buchenwald. Em sua obra A Escrita ou a vida, publicada em 1994, Semprún irá retratar e tentar narrar, a partir de suas memórias, o período em que ficou no campo. O aporte teórico vai dar-se no diálogo com pesquisadores como Giorgio Agamben (2008), e Beatriz Sarlo (2007) que argumentam que o sobrevivente tem a vocação da memória e que certas “regras” podem ser quebradas durante a narrativa para que o testemunho possa representar a verdade. Este trabalho pretende desenvolver um diálogo inicial entre essas teorias que abrangem os ditos e os não-ditos da memória.

 

Palavras-chave: Literatura de testemunho; memória; Jorge Semprún.

Biografia do Autor

Raysa Luana da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - campus Três Lagoas

Aluna do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras da UFMS - campus de Três Lagoas

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Publicado

2014-07-25

Como Citar

da Silva, R. L. (2014). A QUESTÃO DA MEMÓRIA EM NARRATIVAS DE TESTEMUNHO. Revista Do Sell, 4(2). https://doi.org/10.18554/rs.v4i2.459