Diálogos Dramatúrgicos e o mito de Pigmalião na peça O colete de xadrez, de Prista Monteiro

Autores

  • Márcia Regina Rodrigues UNESP/FAPESP

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v4i2.537

Resumo

As peças de Helder Prista Monteiro (1922-1994) – considerado pela crítica um dos representantes do teatro do absurdo produzido em Portugal – apresentam um claro diálogo com as obras dramáticas de Samuel Beckett e Eugène Ionesco e tratam, em geral, da fragilidade ou do desmoronamento das relações intersubjetivas. Em O colete de xadrez, Prista Monteiro dialoga não só com a obra dos dramaturgos do teatro do absurdo, mas, em certa medida, com as peças Escola de Mulheres, de Molière, e Pigmalião, de Bernard Shaw, ao abordar também, ainda que numa perspectiva absurdista, o mito de Pigmalião, narrado por Ovídio em Metamorfoses.

Este texto tem como objetivo mostrar como o autor português estabelece esses diálogos dramatúrgicos e discutir o tratamento que a peça O colete de xadrez confere ao mito de Pigmalião, considerando os pressupostos do teatro do absurdo apontados por Martin Esslin e as reflexões de Mircea Eliade sobre os comportamentos míticos na sociedade moderna. 

Biografia do Autor

Márcia Regina Rodrigues, UNESP/FAPESP

Márcia Regina Rodrigues, brasileira, autora do e-book Traços épico-brechtianos na dramaturgia portuguesa. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, é doutoranda em Estudos Literários pela Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Câmpus de Araraquara-SP, e Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com a pesquisa de Doutorado “Absurdo e censura na cena portuguesa: estudo do teatro de Prista Monteiro”. De outubro de 2012 a março de 2013 realizou Estágio de Pesquisa (BEPE-FAPESP) no Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CET-FLUL).

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Publicado

2014-07-25

Como Citar

Rodrigues, M. R. (2014). Diálogos Dramatúrgicos e o mito de Pigmalião na peça O colete de xadrez, de Prista Monteiro. Revista Do Sell, 4(2). https://doi.org/10.18554/rs.v4i2.537