MUDANÇAS CLIMÁTICAS- O QUE PODEMOS FAZER? UMA PROPOSTA EDUCACIONAL COM ALUNOS DO 5º ANO
DOI:
https://doi.org/10.18554/acbiobras.v8iEsp..8675Palavras-chave:
telhados frios, ensino de ciências, ensino fundamental, aulas ´´práticas de ciênciasResumo
Este artigo relata uma experiência pedagógica realizada com estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, com o objetivo de promover a compreensão de conceitos relacionados aos telhados frios (Cool Roofs), como: reflexão, absorção de calor e sustentabilidade. Os alunos coletaram as temperaturas internas de maquetes de duas casas em MDF, uma com telhado pintado de preto e outra de branco, após vários períodos de exposição ao sol. A atividade foi complementada por vídeos e culminou na aplicação de um questionário para avaliar a percepção dos alunos sobre o presente estudo e seu impacto na consciência ambiental. Os resultados das coletas de temperatura mostraram como os telhados brancos afetam a temperatura interna, tendo um potencial para redução do calor nas construções. Foi, então, debatido o impacto das ações humanas na elevação da temperatura do planeta e como inovações tecnológicas, como por exemplo a arquitetura sustentável, podem ajudar na redução deste grave problema. Embora nem todos os alunos relacionassem diretamente o ser humano ao aquecimento global, a grande maioria entendeu que o homem pode ser um agente transformador. Além disso, a grande maioria também demonstrou interesse por atividades práticas como esta, valorizando-as como instrumentos importantes para enriquecer o ensino de Ciências. A experiência reforça o valor de práticas pedagógicas que incentivem reflexões sobre o meio ambiente, despertando a consciência ecológica e estimulando o desenvolvimento de habilidades investigativas e científicas nos estudantes.
Referências
1. Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030. Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. Disponível em: https://gtagenda2030.org.br/ods/ods13/.
2. Ling Ho M, Chian Yew M, Kun Yew M, Huat Saw L, Cheong Tan W, Kwok Kit Yuen R. Novel cool roofing technology system with sustainable design for attic temperature reduction. Ain Shams Engineering Journal. 2024; 15(5). https://doi.org/10.1016/j.asej.2024.102706.
3. Cavadini GB, Cook LM. Green and cool roof choices integrated into rooftop solar energy modelling. Applied Energy. 2021; 296:117082. https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2021.117082.
4. Tian D, Zhang J, Gao Z. The advancement of research in cool roof: Super cool roof, temperature-adaptive roof and crucial issues of application in cities. Energy and Buildings. 2023; 291:113131. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2023.113131.
5. Rawat M, Singh RN. A study on the comparative review of cool roof thermal performance in various regions. Energy and Built Environment. 2022; 3(3): 302-312. https://doi.org/10.1016/j.enbenv.2021.03.001.
6. Artaxo P, Gatti LV, Leal AMC, Longo KM, Freitas SR, Lara LL, Pauliquevis TM, Procópio AS, Rizzo LV. Química atmosférica na Amazônia: a floresta e as emissões de queimadas controlando a composição da atmosfera amazônica. Acta Amazonica. 2005; 35(2):185-196. https://doi.org/10.1590/S0044-59672005000200008.
7. Carvalho HN, Leite JL, Lima RCP, Oliveira JCC, Delgado OT. A experimentação no ensino de ciências. Revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento. 2018; 11(2):45-57. Disponível em: http://revistaambiente.com/2018/v11n2/artigo4.
8. Eunice M, Marcondes R, Carmo MP, Suart RC, Souza F, Souza L, Santos JB, Akahoshi LH. Materiais instrucionais numa perspectiva CTSA: uma análise de unidades didáticas produzidas por professores de química em formação continuada. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. 2009; 9(3):15-29. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/2381.
9. Marques Vidal LM, Affonseca Jardim MI, Pereira de Queiros W. Ensino por investigação: percepção de alunos sobre estratégia metodológica no processo de aprendizagem em biologia. Revista Prática Docente. 2022; 7(2):e22044. https://doi.org/10.23926/rpd.2022.v7.n2.e22044.id1557.
10. Anderson PR, Mergulhão Júnior C, Stoffes Júnior MJ, Stein CR. Simulação do efeito estufa, da intensificação do efeito estufa pela presença de CO2 e do impacto da mudança da cobertura da Terra na temperatura média do meio utilizando o Arduino. Revista Brasileira de Ensino de Física. 2021; 43:e20200355. https://doi.org/10.1590/1806-9126-rbef-2020-0355.
11. Bonassina ALB, Kuroshima KN. Educar para a sustentabilidade. e-Mosaicos. 2021; 10(23):121-138. https://doi.org/10.12957/e-mosaicos.2021.60211.
12. Sasseron LH. Alfabetização científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências. 2015; 17(spe):49-67. https://doi.org/10.1590/1983-2117201517s04.
13. Silva IA, Santos CB, Silva WF, Silva CB, Silva HR, Santos DS. A importância de atividades práticas no ensino de ciências como estratégia no processo de aprendizagem. Research, Society and Development. 2022; 11(10):e342111032778. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32778.
14. Silveira IMSC, Ruas TO, Elias NF. Educação ambiental e suas práticas como exercício da cidadania na escola básica. Revista Verde Grande: Geografia e Interdisciplinaridade. 2021; 3(1):1-15. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520211106123.
15. Silva RWC, Paula BL. Causa do aquecimento global: antropogênica versus natural. Terrae Didatica. 2015; 5(1):33-45. https://doi.org/10.20396/td.v5i1.8637501.
16. Rossini CM, Cenci DR. Interdisciplinaridade e educação ambiental: um diálogo sustentável. Revista Prática Docente. 2020; 5(3):1733-1746. https://doi.org/10.23926/rpd.2526-2149.2020.v5.n3.p1733-1746.id830.
