GRAFIAS NÃO CONVENCIONAIS DE VOGAIS PRETÔNICAS POR ESCREVENTES DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE PONTA GROSSA (PR)
DOI:
https://doi.org/10.18554/it.v17i1.6550Resumo
Este trabalho objetiva analisar grafias não convencionais de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de duas escolas públicas estaduais do município paranaense de Ponta Grossa. Especificamente, são investigadas as trocas gráficas em contexto pretônico entre as vogais <e> e <i>, como em “filiz” (para “feliz”) e “entestino” (para “intestino”); bem como entre os grafemas <o> e <u>, como em “muleque” (para “moleque”) e “molheres” (para “mulheres”). Desse modo, relacionam-se essas grafias não convencionais ao fenômeno fonético-fonológico variável denominado alçamento vocálico, em que as vogais médias-altas /e/ e /o/ são pronunciadas, respectivamente, como as altas [i] e [u], como em “p[i]dido” e “g[u]rdura”. Como fundamentação teórica, segue-se o Modo heterogêneo de constituição da escrita (CORRÊA, 2004) e as classificações de grafias não convencionais apresentadas por Cagliari (1998) e Simões (2006). O corpus desta pesquisa é constituído de 203 produções textuais do banco de dados de Mendes (2013). Como resultados gerais, foram encontradas 49 ocorrências de grafias não convencionais de vogais pretônicas, sendo 49% classificadas como casos de transcrição/escrita fonética, enquanto 51%, como ocorrências de hipercorreção/regularização sistêmica (CAGLIARI, 1998; SIMÕES, 2006). Nesses casos, verificam-se indícios, respectivamente, do primeiro e do segundo eixos de circulação do escrevente por práticas sociais do oral/falado e do letrado/escrito: (i) o modo de constituição da escrita em sua gênese; e (ii) a apropriação da escrita em seu estatuto de código institucionalizado (CORRÊA, 2004).
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