AS ESTRUTURAS SINTÁTICAS MARCADORAS DE POSSE EM PORTUGUÊS E EM INGLÊS
DOI:
https://doi.org/10.18554/ri.v1i01.70Resumo
O presente artigo abrange um questionamento das estruturas marcadoras de posse
em português e em inglês, tentando identificar os valores sócio-histórico-culturais que
tais estruturas podem esconder/revelar. O suporte filosófico do texto apóia-se desde
Herder, que faz da linguagem um tema filosófico, até Wittgenstein, senhor da filosofia
analítica. Para fazer uma análise formal do discurso, Russel e Wittgenstein
encarregam a lógica da linguagem disso. Importantes gramáticos das duas línguas
nos embasam com suas estruturas gramaticais dando-nos sustentação dentro da
gramática normativa na abordagem realizada. A linguagem, em sentido amplo,
constitui-se de fatores físicos, socioculturais, psicológicos e lingüísticos. Esses fatores
explicam o porquê da linguagem e o seu funcionamento, contudo não conseguem
defini-la. O vaivém cíclico entre as palavras, as coisas e as significações evidencia-nos
que a realidade, o pensamento e a linguagem são inseparáveis, suscitando, referindo
e interpretando uns aos outros. Colocamos nossa investigação frente a uma sintaxe
relacional porque a lógica tradicional da linguagem não explica todos os fatos e
proposições que descrevem as relações. O questionamento central é se, numa
cultura, o ser humano se sobressai ao capital (coisa possuída); ou, na outra, se o
capital se sobrepõe ao ser humano (possuidor).
Palavras-chave: Questionamento das estruturas marcadoras de posse; Valores sócio-
histórico-culturais.
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