Marcas de textualidade e referenciação em textos escritos por alunos de uma turma inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.18554/ifd.v7i1.4582Palavras-chave:
Análise Textual, Alunos com Deficiência, TextualidadeResumo
Atualmente o que se apregoa na esfera educacional é de que todas as escolas devem ser inclusivas, a fim de se ter um ensino justo e igualitário. No entanto, o que se percebe é que há um discurso velado no âmbito escolar que pressupõe que pessoas com deficiência intelectual não conseguem desenvolver a mesma habilidade escrita que os alunos sem deficiência. Isto implica numa inclusão excludente entre as quatro paredes de uma sala de aula. Diante do exposto, este artigo investiga por meio de análise textual se de fato existe uma diferenciação alargada em relação ao processo comunicativo na escrita dos alunos em turmas inclusivas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. O corpus é composto por textos de alunos com deficiência intelectual e sem deficiência. As análises partem do princípio do que é um “bom texto” para Antunes (2011) dentro da perspectiva sociocomunicativa e das teorias bakhtiniana de que o processo comunicativo emerge de uma relação dialógica. Após as análises, segue-se a proposição de um plano interventivo com atividades voltadas para a resolução dos problemas encontrados nos textos analisados. Cabe ressaltar que o foco é a dimensão discursiva e os aspectos de textualidade, ou seja, se o texto cumpre seu papel comunicativo de interação social.
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