Escola com grade: desafios para a formação e a prática docente no sistema prisional de ensino
DOI:
https://doi.org/10.18554/ifd.v7i3.4812Palavras-chave:
Educação prisional, Prática docente, Formação continuada.Resumo
O presente artigo trata-se de um estudo descritivo, uma vez que objetiva apresentar um relato de experiência vivenciada na docência em uma escola dentro do sistema prisional no sul de Minas Gerais. A pesquisa foi desenvolvida durante o curso de pós-graduação em Educação Profissional Inclusiva, do Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM. A escola na qual as atividades foram realizadas atende 445 estudantes, ofertando a Educação Básica na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. O âmbito prisional é hermético, com peculiaridades intrínsecas e desafios que vão além dos anseios de ensino-aprendizagem, impondo ao cotidiano dos professores inúmeras exigências que limitam a sua autonomia e extrapolam todo o conhecimento adquirido dentro das universidades. Portanto, para um exercício docente concreto e permanente, fazem-se necessários saberes, competências e habilidades e, nesse sentido, não basta apenas designar o professor para tal função. Torna-se imprescindível acompanhá-lo, oferecendo assistência e recursos de formação continuada, para que seus princípios morais estejam alinhados com os princípios da ressocialização, estimulando a práxis do docente e, sobretudo, fortalecendo suas condições emocionais para atuar nesse universo peculiar e distinto. A ressocialização apresenta-se como uma colossal adversidade dentro do sistema prisional, uma vez que, diante de inúmeras dificuldades, é fundamental que se oportunize uma educação que coadjuve a recuperação da autoestima e reabilitação do preso junto à sociedade.
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