Entre o direito e a manutenção de privilégios

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v8i2.5465

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a legislação criada no século XIX, no processo da abolição da escravidão brasileira, entre 1831 a 1885. Acentuando atenção e analisando o peso das leis que deram base à estruturação da condição do negro na nossa realidade. Serão analisadas leis e suas aplicabilidades, além de destacar a quem realmente teve benefícios com a promulgação das mesmas. A análise começa em 1831 com a Lei Feijó, primeira lei nacional que tratava sobre o assunto, passando à Lei Eusébio de Queirós (1850) que erradicava o tráfico, está tendo peso de lei, posteriormente à Lei do Ventre Livre (1871) que tinha como objetivo fazer livres os filhos de escravas, seguindo com a Lei dos Sexagenários (1885) esta que visava a liberdade de cativos depois dos sessenta anos idade. Assim, destacando o direito como norma que foi parte fundamental para exclusão daqueles cativos, além dessas discussões e debates foram centrais para a efetivação deste regimento. O trabalho ainda observa o parlamento brasileiro como o local onde foi palco de grandes impasses para a formulação e aprovação de cada lei. Tendo como finalidade observar o quanto a interpretação e aplicabilidade de uma norma pode tanto dar direitos como excluí-los.

Biografia do Autor

Milton José Zamboni, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Possui graduação e licenciatura em Ciências Sociais (1993), mestrado (1998) e doutorado (2005) em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo . Atualmente é Prof.Dr.( CIII antigo AdjuntoIII) na Universidade Federal de Itajubá, Campus Itabira, colaborou no CEDUC Centro de Educação do Campus Itajubá durante os anos de 2017e 2018 atuando nas licenciaturas trabalhando Sociologia da Ciência, História da Educação e supervisionando estágios da licenciatura em Matemática. Na graduação leciona Ciências Humanas e Sociais, Cidadania e Responsabilidade Social, como também Ciência, Tecnologia e Sociedade, trabalhou também como professor orientador de monografias e projetos sociais no pós Lato Sensu Especialização em Gestão de Pessoas e Gestão Educacional , no qual atuou nas disciplinas Elaboração de Projetos Sociais, Trabalho e Educação e Cultura e Identidade nas Organizações em EAD ( Ensino a distância).Ex professor do Pós Stricto Sensu Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedades da Universidade Federal de Itajubá, Campus Itajubá, no qual ministrou aulas na disciplina Metodologia Científica. Atua principalmente nos seguintes temas: Cultura e Diversidade, Relações de Gênero na Idade Média, Antropologia e História da Cultura,Semiótica da Cultura. Ministra e ministrou ao longo da carreira as disciplinas: antropologia,metodologia da pesquisa, geografia humana, história, filosofia, comunicação, teoria da comunicação e sociologia para diversos cursos. Ex-diretor adjunto da extensão no campus avançado de Itabira, MG. Atualmente trabalha em diversas frentes extensionistas, atuou como membro do colegiado gestor do Circuito Cultural Vieiras Servas, parceria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com a AMEPI (Associação de Municípios do Médio Piracicaba) dessa forma tem colocado em prática uma série de projetos de cunho sócio-cultural visando a integração da sociedade com a universidade que nesses 10 anos tem se edificado

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Publicado

2021-08-02

Edição

Seção

A educação de povos originários (indígenas), africanos e afrodescendentes no Brasil.