Na corda bamba da paráfrase: o diálogo com a voz do outro nas dissertações de mestrado do ProfLetras
DOI:
https://doi.org/10.18554/ifd.v8i1.5612Palavras-chave:
Paráfrase, Escrita acadêmica, ProfLetras.Resumo
Quando se trata de processo parafrástico, o pesquisador frequentemente se encontra numa corda-bamba, tentando se equilibrar entre a mera reprodução do conteúdo já construído – podendo envolver plágio ou deturpações semânticas de maior ou menor grau – e o anseio de elaborar novas considerações para o campo científico a partir do que já foi dito por outrem. Considerando o diálogo com a palavra do outro como um aspecto de grande relevância para a escrita acadêmica e um frequente desafio para os estudantes, este trabalho tem por objetivo analisar a maneira como ocorre o processo de parafrasagem em dissertações de mestrado. O corpus, então, é constituído por produções provenientes do Programa de Mestrado Profissional de Letras (ProfLetras). Com base nesse apanhado, foi feita uma análise de citações indiretas, relacionando as paráfrases e seus respectivos textos-base, buscando observar como o sujeito autor reformula o discurso alheio; de qual modo articula sinonimicamente; se deturpa, mantém ou comete deslizes em relação ao sentido original e à ideia referenciada. A análise, que confirma as hipóteses mencionadas, pautou-se nas proposições de Fuchs (1985) sobre o conceito de paráfrase e nas contribuições de Possenti (2002), Grigoletto (2011) e Fabiano-Campos (2014) no tocante às reflexões não só acerca da articulação entre discursos, mas também questões mais amplas de escrita, como a concepção de autoria.Referências
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