A discriminação da população negra no mercado de trabalho brasileiro pós abolição
DOI:
https://doi.org/10.18554/ifd.v8i2.5726Palavras-chave:
Doutrinas racistas. Mercado de trabalho. Discriminação Racial. Mobilidade Social. Redução de Desigualdades.Resumo
O racismo estrutural presente no Brasil, decorrente do colonialismo e a escravização de povos negros por séculos, produziu consequências na esfera econômica, política por exemplo, na constituição sócio-histórica do país. No período pós-abolição, teorias racistas foram criadas com o intuito de justificar a inferioridade da raça negra e continuar as práticas discriminatórias na época. Paralelamente, a população negra seguiu neste cenário conturbado buscando condições melhores de subsistência, e o acesso ao mercado de trabalho foi uma delas. Historicamente, negros ocupam cargos subalternos e a remuneração tende a ser inferior comparadas a pessoas não-negras trabalhando na mesma função. Ações para reparar as discrepâncias causadas pelo racismo ao longo da história são necessárias, principalmente no campo da educação. Sabe-se que o nível de escolaridade é um fator primordial para a ascensão financeira e melhoria na qualidade de vida do cidadão. Por esta razão, este artigo objetiva tecer algumas ponderações a respeito dos mecanismos arquitetados para reduzir os valores do corpo negro na sociedade, como também da discriminação sofrida por negros e negras no mercado de trabalho brasileiro. Em contrapartida, ressaltar a contribuição das oportunidades educacionais como uma das formas de minimização desse processo avassalador, a partir da contextualização histórica da construção de um Brasil viável pós abolição da escravatura.
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