É possível realizar atividade prática no ensino remoto?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v9i2.6151

Resumo

Com a advento da pandemia provocada pelo SARScov-19, instalou-se no ano de 2020 o formato de aulas remotas, limitando a realização de atividades de campo e práticas laboratoriais, o que pode ser considerado um fator negativo no ensino de biologia. Na busca por alternativas para manter a qualidade do ensino diante tal realidade, o presente estudo objetiva discutir a possibilidade de realização de atividades práticas no formato de ensino remoto por meio do relato de uma experiência desenvolvida com alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas durante a disciplina de Zoologia dos Invertebrados. A pesquisa ocorreu no Instituto Federal do Pará, Campus Abaetetuba, com 33 alunos, na qual, foi solicitado que os discentes construíssem um microscópio caseiro e realizassem coleta de água e posterior observação de microrganismos neste. Por meio dos relatórios produzidos pelos alunos ao fim da disciplina, foi possível identificar a construção de três diferentes modelos de microscópios caseiros, coleta de água em 10 ambientes diferentes e a visualização de indivíduos de cinco grupos de seres vivos distintos. A atividade demonstrou a possibilidade de realização de aulas práticas orientadas por meio do ensino remoto, propiciando o conhecimento da biodiversidade local, o protagonismo estudantil e a diversificação da prática docente. 

Biografia do Autor

Natanael Charles da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA Campus Abaetetuba

Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Docente do curso de biologia pelo Instituto Federal do pará - IFPA Campus Abaetetuba. 

Marcelo Bruno Araújo Queiroz, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGECM/UFRN); acadêmico do curso de Licenciatura em Pedagogia (EaD) no Centro Universitário Internacional (UNINTER).

Miceia de Paula Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestrando em Mestrado profissional em Ensino de Ciências Naturais e Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 

Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos; Professora associado IV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 

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Publicado

2022-07-31