Da pedagogia da libertação ao combate dos mitos sobre o preconceito linguístico:

Interseccionando saberes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v9i4.6590

Resumo

Este trabalho conjectura refletir e analisar as concepções e perspectivas da Educação Libertadora, especificamente as abordadas pelo educador Paulo Freire, para a superação do preconceito linguístico – conceito proposto pelo Bagno (2007). O preconceito linguístico reflete uma crença infundada a respeito de que existe uma só forma de falar o Português e que qualquer manifestação linguística que fuja do padrão esperado pela escola é automaticamente taxada como erro e seus falantes discriminados. Tendo isso em vista, neste trabalho, intenta-se discutir as contribuições e os pressupostos da pedagogia da libertação para uma reflexão crítica do preconceito linguístico, bem como dissolução desse imbróglio. Para isso, a partir de uma pesquisa qualitativa, com análise de conteúdo com base em Bardin (2016), procura-se uma reflexão crítica sobre duas obras: Pedagogia do Oprimido (Freire, 2013) e o Preconceito Linguístico, o que é, como se faz (Bagno, 2007). Com base na análise crítica da obra, objetiva-se apresentar os principais pontos de diálogo entre as obras de modo a compreender como o preconceito linguístico pode ser superado à luz do que discute Freire (2013) em sua obra. Assim, a principal conclusão do trabalho perpassa por um ambiente de conscientização, o qual parte da tese de que o preconceito linguístico afasta o lugar de diálogo, defendido por Freire, no ambiente educacional e promove um afastamento do educando da posição de superação da contradição opressor/oprimido, reforçando ainda mais o modelo de educação bancária, em que “depositar conhecimento” é mais prático do que “construir conhecimento”.

Biografia do Autor

Slaine Senra Mattos do Amaral, Centro Universitário Newton Paiva

Discente de Letras EAD no Centro Universitário Newton Paiva, atualmente é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa Paulo Freire (GEPPF). Cursando Pós Graduação em Paulo Freire e a Educação da Libertação. Graduada em Secretariado Executivo pelo Centro Universitário Newton Paiva (2007), atuou por 10 anos como Secretária Executiva em empresas de grande porte.

Marcus Garcia de Sene, Centro Universitário Newton Paiva

Doutor e mestre em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Araraquara). Licenciado em Letras Português - Inglês pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Foi professor colaborador da UNESP/Araraquara durante o primeiro semestre de 2019. Atualmente, é professor do curso de Letras do Centro Universitário Newton Paiva, além de membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e membro do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Coordena, na mesma instituição, o projeto de pesquisa "Diversidade linguística, avaliação subjetiva e respeito linguístico". Realiza estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Roraima (UFRR). É membro colaborador do GT de Sociolinguística da ANPOLL e sócio da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN). Integra o Núcleo de Pesquisa em Sociolinguística de Araraquara (SoLAr). É editor gerente do período Revista Diálogos (RevDia - B2) e diretor e editor do condomínio editorial da Revista Falange Miúda (ReFaMi). Tem interesse por Sociolinguística, atuando principalmente nos seguintes temas: percepção e produção sociolinguística, significados sociais da variação, ensino de língua e variação linguística.

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Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

Escrita, Variação Linguística e Interculturalidade: diálogos a partir de cooperações acadêmicas.