A LEI 10.639/2003 e suas possibilidades na sala de aula: proposições multidisciplinares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/ifd.v9i1.6399

Resumo

O artigo tem como objetivo discutir sobre os temas, conceitos e dilemas trazidos para a educação com a promulgação da lei 10.639, que tornou obrigatório no Brasil o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar. Em 2021 a lei completou 18 anos e o que se percebe é que na prática docente ainda existem dificuldades para a sua implementação de forma satisfatória na escola. Por este motivo, é preciso a criação de proposições pedagógicas que fujam do discurso de que a execução da lei é apenas uma obrigação das disciplinas História, Artes e Literatura. Para que esses debates adquiram um maior espaço no ambiente educacional, partimos da proposta de um trabalho multidisciplinar no ensino fundamental II com as disciplinas História e Ciências sob a égide da lei 10.639/2003. Elaboramos um projeto paralelo das duas disciplinas com o intuito de promover o protagonismo negro na sala de aula através do conteúdo sobre o evolucionismo proposto por Charles Darwin e a sua relação com as teorias raciais no século XIX que serviram como base para ideia de racismo vigente. O objetivo foi discutir como a teoria evolucionista foi utilizada para sedimentar um pseudo discurso que dividia os grupos humanos entre superiores e inferiores. Os alunos analisaram a obra de Darwin sob olhar das disciplinas História e Ciências e através de textos e ilustrações compararam os discursos existentes em ambas sobre o evolucionismo e sua relação com as teorias raciais no século XIX e atualmente.

Palavras-chave: Lei 10.639; Multidisciplinaridade; Currículo, Africanidades. 

Biografia do Autor

Najla Cristina Sousa Magalhães, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.

Especialista em Ensino de Genética pela Universidade Estadual do Maranhão. Possui graduação em Biologia – UEMA. Professora da Rede Pública de Ensino do Estado do Maranhão. Realiza estudos na área da Educação Básica, Prática Docente e Educação Ambiental. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8977-2629. E-mail: najlacristinan@gmail.com. Link CV Lattes/CNPq: http://lattes.cnpq.br/8514836632050236.

Nadja Regina Sousa Magalhães, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Mestre em Educação - UFSC. Possui graduação em Pedagogia – UEMA. Professora do Instituto Federal do Paraná. É integrante grupo de estudos e pesquisas: Formação de Professores e Práticas de Ensino - FOPPE/UFSC. Realiza estudos referentes à Educação Integral, Educação Inclusiva e Formação Docente. É integrante da Ação de Extensão: Grupo de Estudos em Educação Integral - GEEI-FFS/SC. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1349-4487. E-mail: nadjamagalhães78@gmail.com. Link CV Lattes/CNPq: http://lattes.cnpq.br/5252794642374099

Marcos José Soares de Sousa, Universidade Estadual de Maringá-UEMA

Mestre em Ensino de História pela Universidade Estadual de Maringá. Especialista em Educação do Campo-UEMA. Membro do NEABI-Umirim/CE. Professor do Ensino Fundamental II. Realiza Estudos referentes as Relações Étnicos Raciais, Protagonismo Negro, Lei 10.639/2003 e Livro Didático. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3492-4562. E-mail: mcoj1979@hotmail.com. Link CV Lattes/CNPq: http://lattes.cnpq.br/1779332708139264.

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Publicado

2022-05-31

Edição

Seção

Educação Integral, diálogos e experiências na formação docente.