PERCURSO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO EM UM CURSO DE LETRAS

Autores/as

  • Nilsa Brito Ribeiro UNIFESSPA

DOI:

https://doi.org/10.18554/i&fd.v5i1.2903

Palabras clave:

Formação, Linguagem, Educadores do Campo.

Resumen

Neste trabalho nos dedicamos a descrever e a analisar o percurso de formação de educadores do campo em um curso de Letras, no qual convergem metodologias de formação e investigação das práticas desencadeadas no interior do curso, enquanto elementos problematizadores e geradores de objetos que retornam ao próprio percurso de formação. Trata-se de captar o processo de construção e desenvolvimento do curso, evidenciando o modo como a reflexão conjunta e contínua sobre o aparato teórico e metodológico do curso foram ressignificados continuamente no embate com as experiências situadas nas escolas do campo. Metodologicamente, descrevemos o percurso metodológico da proposta curricular do curso, pretendendo evidenciar a alternância pedagógica e a pesquisa enquanto dimensões centrais do processo formativo.  A seguir, situamos a área em uma perspectiva sociohistórica da linguagem, em que esta e o sujeito são constitutivos. Apresentamos um breve exercício de análise dos relatos dos educadores, produzidos durante o processo de formação. As análises apontam para elementos que remetem às trajetórias de formação destes sujeitos ao mesmo tempo que fornecem objetos de formação.

Biografía del autor/a

Nilsa Brito Ribeiro, UNIFESSPA

Graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará, mestrado e doutorado, em Linguística, pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é Professor Associado II da Universidade Federal do Sul e Sudeste o Pará, vinculada ao Instituto de Letras, Linguística e Artes (ILLA).

Citas

BAKHTIN, M./VOLOSHINOV. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Huicitec, 1988.

BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Editora da USP, 1998.

BRANDÃO, C. R. A educação como cultura. Campinas, S.P: Mercado de Letras.

BRITTO, L. P. L. Sociedade de cultura escrita, alfabetismo e participação. In: RIBEIRO, V. M. (org.). Letramento no Brasil. São Paulo: Global, 2004, p. 47-64.

CERTEAU, M. A invenções do cotidiano. 6 ed. Trad. Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis, R.J.: Vozes, 1994.

FREIRE. P. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001.

GERALDI, J. W. A aula como acontecimento. São Paulo: Pedro & João, 2010.

LARROSA, J. “Notas sobre a experiência e o saber da experiência”. In: GERALDI,

C. M.G.; RIOLFI, C. R.; GARCIA, M. de M. (Orgs.). Escola Viva: elementos para

uma educação de qualidade. Campinas, S.P: Mercado de Letras, 2004.

RAMA, A. A cidade das letras. Trad. de Emir Sader. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

RIBEIRO, N. B. “Narrativas de professores: discurso, identidade e formação”.

Revista Entreletras. Araguaína: Tocantins, v. 3, n. 2, p. 141-158, ago./dez., 2012.

RIBEIRO, N. B. e R, VILAS-BÔAS. O processo em construção da Área de Linguagens na Educação do Campo. In: VILLAS BÔAS, R. ESCOBAR, M. I.; Lima,

M. C . de A. (Orgs.) Cultura: PRONERA. Santa Maria: Editora e Gráfica Caxias, 2016, p. 19-36.

ROCHA-ANTUNES, M. I e MUNARIM, A. Tempo Comunidade/Tempo Escola: alternância como princípio metodológico para organização dos tempos e espaços das escolas do campo. In: SANTOS, C. A dos; MOLINA, M. C.; JESUS, S. M dos S. A de. Memória e história do PRONERA: Contribuições do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária para a Educação do Campo no Brasil. Brasil: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2011.

SOARES, M. B. Letramento e alfabetização. São Paulo: Contexto, 2004.·.

Publicado

2018-09-09