LER E ESCREVER: UMA MERA EXIGÊNCIA ESCOLAR?

Autores

  • João Wanderley Geraldi

DOI:

https://doi.org/10.18554/rs.v1i1.20

Resumo

A conjunção entre leitura e escrita é um lugar comum em toda e qualquer sociedade letrada. No
entanto, as práticas de letramento típicas destas mesmas sociedades separam claramente uma e
outra atividade, de modo que a segunda é praticada por apenas alguns, enquanto a primeira é
uma necessidade vital de todos os seus membros. Nesta exposição, meu objetivo é fazer as
distintas combinações possíveis entre uma e outra: quando se encara o [ler e escrever] como
uma unidade de ação, acontecimento restrito às práticas escolares; quando [[ler] e [escrever]]
conjugam duas ações distintas, respondendo a diferentes compromissos sociais e quando se
estatui uma diferença essencial entre aqueles que podem ler e aqueles que escrevem, uma
diferença simbólica essencial, apenas sutilmente expressa na defesa da liberdade de expressão,
e não no direito de todos se expressarem. Na primeira parte, discutirei as práticas escolares que
fazem abstração das práticas sociais, exigindo um percurso de produção de leitura e escrita de
diferentes gêneros discursivos-textuais; na segunda parte discutirei a clivagem entre ler e
escrever que se estatui na sociedade, de modo que a liberdade de expressão de fato corresponde
à liberdade de apenas alguns dos membros das sociedades letradas.

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Como Citar

Geraldi, J. W. (2011). LER E ESCREVER: UMA MERA EXIGÊNCIA ESCOLAR?. Revista Do Sell, 1(1). https://doi.org/10.18554/rs.v1i1.20

Edição

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Artigos