UMA DISCUSSÃO SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E NORMA PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DA SÉRIE “A LÍNGUA QUE A GENTE FALA”
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v7i1.2345Resumo
A série “A Língua que a gente fala”, exibida no mês de março de 2015, no Jornal Hoje, pela emissora de televisão Rede Globo, pode representar um marco na consideração de uma perspectiva científica de linguagem para o grande público. Isso porque convida linguistas para explicarem, a partir de diferentes usos da linguagem realizados por diferentes grupos sociais, motivos de natureza fonológica, histórica e cultural para o modo como falamos. Apesar disso, o jornalismo da Rede Globo continua desconsiderando a língua como constituída de variedades, uma vez que, para ilustrar o que é variedade linguística, recorre ao uso de gírias, desconsiderando que sua própria fala, bem como toda e qualquer outra, constitui variedades. Neste sentido, esta comunicação oral tem por objetivo apresentar uma leitura crítica que poderá ser proposta ao ensino de Língua Portuguesa a partir dessa série de reportagens, considerando os conceitos de variedade linguística (BAGNO, 1999; 2011) e de norma (FARACO, 2002) na perspectiva de um letramento crítico (FREIRE, 1967; SOUZA, 2011). A análise, de cunho qualitativo e exploratório, permite-nos vislumbrar que a exibição desta série constitui relevante material para debate da diversidade linguística, contudo limita-se a apresentar a língua destituída das relações de poder que nela se imbricam. Além disso, considera a variedade a partir do recorte de reportagens em lugares do interior brasileiro que só reforçam velhas dicotomias como fala/escrita e certo/errado.
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