A INFLUÊNCIA DO EFEITO PRIMING E ESTIMULAÇÃO COGNITIVA PARA A LEITURA ORAL DE TEXTOS EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v4i1.391Resumo
A leitura, assim como outras habilidades cognitivas, requer boas condições de funcionamento da mente e do cérebro humano além de uma interconexão entre as funções neuronais. Nesse contexto, a memória tem uma grande relevância para a habilidade de leitura, uma vez que a compreensão é um requisito importante para a efetivação do ato de ler. Nesse sentido, se compreendemos o conteúdo da leitura, certamente memorizamos e processamos a informação proveniente dos sentidos. Afinal, a cada momento, informações chegam aos nossos sentidos e, no caso da leitura, não é diferente. É fato que o cérebro precisa extrair sentido dos conteúdos do que chega às vias sensoriais e utilizar o conhecimento já presente para extrair sentido da informação recebida. Vejamos, então, que a memória se encontra nesse intermédio entre “reter” de alguma forma o que vem dos sentidos, buscar o que já tem para e, então, extrair uma conclusão. Nesse processo, uma operação de comparação entre o que chega e o que já é conhecido parece acontecer, haja vista nossa capacidade de reconhecer que algo já nos é conhecido. A comparação, portanto, parece um fenômeno natural pelo fato de termos a capacidade de nos lembrar e reconhecer a informação como já conhecida. Do contrário, a memória seria inútil e não reconheceríamos nada. Sendo assim, ao lermos algo, estamos lidando com as atuações da memória. No presente estudo, observamos, a partir de uma pesquisa de campo do tipo qualitativa e de cunho exploratório que, de um modo geral, a maior dificuldade pelos sujeitos com DA é na produção de sentido, daquilo que leem. Sendo assim, procuramos entender a possível relação de influência do comprometimento da memória na leitura compreensiva. Para isso, os critérios foram: analisar a produção de sentido de textos curtos e longos, simples e complexos, averiguando os mecanismos de recall, interpretação em leitura oral e compreensão auditiva, influência do efeito priming e estímulo no processo de interação. A leitura mecânica foi observada em quase todos os estágios da DA, regredindo-se a cada fase. Dessa forma, procuramos analisar e demonstrar essas diferenças em cada um dos estágios. Solicitamos, então, aos idosos com e sem DA que fizessem uma leitura oral a fim de verificarmos a compreensão desses sujeitos e entendermos o funcionamento do efeito priming para o processo de leitura e compreensão de textos. Participaram do estudo 57 idosos com doença de Alzheimer, divididos por grupos de mesma escolaridade e condições socioeconômicas para melhor isonomia do grupo pesquisado. Os resultados apontaram uma grande influência do efeito priming para a memorização de trechos e partes lexicais durante a leitura oral de idosos com doença de Alzheimer, o que auxiliava na efetivação da leitura. Contudo, restrito e condicionado às etapas mais avançadas da doença.
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