Cotidiano escolar e justiça social no ensino de ciências por investigação: práticas, interações e agência epistêmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/cimeac.v15i1.8532

Resumo

Este artigo discute como perspectivas de justiça social podem constituir as práticas pedagógicas cotidianas no Ensino de Ciências, mesmo quando não é explicitamente tematizada. A partir de uma abordagem teórica ancorada na concepção de justiça social de Fraser e no conceito de agência epistêmica, analisamos duas atividades desenvolvidas em aulas de Biologia no Ensino Médio baseadas na metodologia do Ensino de Ciências por Investigação. A primeira atividade é orientada por uma questão sociocientífica relacionada às injustiças de gênero nos esportes e a segunda é orientada por uma pergunta de investigação sobre dinâmica populacional de uma espécie de planta aquática. Analisando as interações discursivas entre estudantes nestas duas situações de sala de aula, evidenciamos que ambas podem promover experiências de justiça social como processo. Argumentamos que a promoção de agência epistêmica e de ambientes de aprendizagem dialógicos contribui para a desconstrução de mecanismos institucionais que constroem e reforçam relações de poder que intentam desumanizar determinados grupos de pessoas em sala de aula. Discutimos a importância  do compromisso com a justiça social na Educação em Ciências envolvendo  atenção tanto à seleção de temas quanto às formas de participação e construção coletiva do conhecimento no cotidiano escolar.

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Publicado

2025-09-18

Como Citar

Cotidiano escolar e justiça social no ensino de ciências por investigação: práticas, interações e agência epistêmica. Cadernos CIMEAC, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 148–178, 2025. DOI: 10.18554/cimeac.v15i1.8532. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/cimeac/article/view/8532. Acesso em: 5 dez. 2025.