COMO O ENSINO VÊ A VARIAÇÃO?
DOI:
https://doi.org/10.18554/ri.v5i1.302Resumo
Pensar as correlações entre variação linguística e ensino é tanto necessário quanto urgente, se desejamos tornar o ensino da língua mais adequado, mais justo e mais significativo. Parto, por um lado, de um conjunto já bem consolidado de conceitos derivados das investigações sobre a linguagem, que assumem a natureza variável das línguas (no espaço, no tempo, nas situações) e a relação intrínseca que essa variação tem com a estrutura social, com as necessidades comunicativas dos falantes, com as necessidades e desejos que os falantes têm de construir sua identidade social. Por outro lado, observamos que o ensino da língua portuguesa tem se pautado usualmente em uma visão que supõe a língua como uma realidade estática. Proponho contrapor os dois componentes dessa questão, para revelar onde se estabeleceu algum vínculo e onde ele está por construir. No primeiro caso, busco avaliar o vínculo – como se fala de variação quando se fala de variação; no segundo, busco as razões da ausência – desconhecimento ou indiferença?
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