Interferência da fala na escrita: uma análise das produções textuais feitas por alunos do 7º ano em duas escolas públicas do interior de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v10i2.5937Resumo
Este artigo analisa a interferência da fala na escrita em produções de alunos do 7º ano de duas escolas públicas de Minas Gerais, a fim de contribuir com o trabalho docente em sala de aula para amenizar e/ou sanar as intercorrências apresentadas pelos estudantes em seus textos. Foram coletadas e analisadas 35 redações, predominantemente narrativas, das quais 14 apresentavam interferência da oralidade na grafia. Devido à pandemia, as produções foram feitas individualmente e enviadas no Google Classroom. O aporte teórico estabelece diálogo entre os desvios elencados por Pedrosa (2014) e Roberto (2016). Ademais, recorre-se aos conceitos fonéticos e fonológicos e às considerações sobre a linguística elaboradas por Silva (2003) e Cardoso (2009), além do gerativismo proposto por Chomsky e Halle (1968), passando pelas contribuições de Bortoni- Ricardo (2005) acerca da variedade da língua e seu impacto na escrita. A análise mostrou que a realidade linguística dos estudantes das duas escolas é semelhante, pois, nas produções consideradas, 36 desvios foram percebidos, sendo 17 casos nas redações da escola de Monte Carmelo e 19 na escola de Patrocínio. Ressalta-se que o desvio mais encontrado, a relação não biunívoca entre grafema e fonema, está presente nas amostras das duas instituições de ensino.
Palavras-chave: Processos fonológicos; Fala e escrita; Desvios linguísticos.
Referências
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