DOENÇAS IDENTIFICADAS NA TRIAGEM NEONATAL REALIZADA EM UM MUNICÍPIO NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Caroline Daiane Weber Jaks Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo- RS
  • Ruth Irmgard Bärtschi Gabatz Universidade Federal de Pelotas
  • Eda Schwartz Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas
  • Maria Elena Eschevarría-Guanilo Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ananda Rosa Borges Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas
  • Viviane Marten Milbrath Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.18554/reas.v7i1.2403

Resumo

Objetivo: conhecer a proporção das doenças detectadas por meio dos testes do pezinho realizados em um município do Sul do Brasil. Método: estudo quantitativo, retrospectivo e descritivo, realizado no Centro de Triagem Neonatal de um município do Sul do Brasil. Coletou-se os dados a partir dos registros dos testes do pezinho realizados pelo Sistema Único de Saúde, entre março de 2012 a fevereiro de 2013. Resultados: dos 3256 exames realizados, 104 tiveram valores com padrão alterado, correspondendo a 60 com hemoglobina compatível com traço falcêmico, quatro com diagnóstico de fenilcetonúria e nove com alterações compatíveis com a Fibrose Cística. Conclusão: a doença mais incidente nos exames avaliados, anemia falciforme, relaciona-se com a característica étnica da população negra. Existe uma diferença entre os nascidos vivos e os exames realizados no período, o que pode representar que uma parcela de crianças não realizou o teste ou o realizou na rede privada.

Biografia do Autor

Caroline Daiane Weber Jaks, Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo- RS

Enfermeira, Especialista em Saúde da Criança pelo Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Criança da Universidade Federal de Pelotas e Hospital Escola-UFPel. Enfermeira do Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo- RS.

Ruth Irmgard Bärtschi Gabatz, Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas.

Eda Schwartz, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira, Pós-Doutora em Enfermagem; Professora Associada da Faculdade de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – Universidade Federal de Pelotas

Maria Elena Eschevarría-Guanilo, Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina

Enfermeira, Doutora em Ciências pelo Programa Interunidade da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis

Ananda Rosa Borges, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira, pós graduanda da Faculdade Paulista de Serviço Social. 

Viviane Marten Milbrath, Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira, Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Adjunta II da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Pelotas

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Publicado

2018-08-07

Edição

Seção

Artigos Originais