Educadores do campo e movimentos sociais em formação: embates políticos em defesa das escolas do campo no noroeste fluminense

Autores

  • Francisca Marli Rodrigues de Andrade Universidade Federal Fluminense
  • Lucas do Couto Neves Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.18554/cimeac.v11i2.5434

Resumo

Fechar escolas do campo é um cenário que tem se consolidado em muitos Estados do Brasil, impondo às comunidades campesinas o apagamento do campo como lugar de reprodução da vida e de existência. No Noroeste Fluminense, as escolas do campo seguem a mesma trajetória de outras realidades brasileiras; ou seja, vítimas das práticas de fechamento, enquanto injustiças arquitetadas em argumentos economicistas. Porém, com a implementação da Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo (LEdoC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) na cidade de Santo Antônio de Pádua – Rio de Janeiro – uma série de movimentos populares confrontam a realidade de esvaziamento do campo. Nesse sentido, este artigo, com enfoque metodológico da pesquisa-ação, tem como objetivo descrever o caminho que estudantes da LEdoC da UFF e a comunidade de Santo Antônio de Pádua construíram, no âmbito da Pedagogia da Alternância, em defesa das escolas do campo, no período de 2015 a 2019. Os principais resultados destacam a importância da pesquisa-ação no fortalecimento das demandas locais e no processo de denúncia da retirada de direitos educativos das populações do campo. Ademais, os resultados sinalizam que os movimentos sociais populares fortalecem a formação de educadores do campo como política pública de reparação e de questionamento das situações de opressão, dentro e fora das instituições educativas.

Biografia do Autor

  • Francisca Marli Rodrigues de Andrade, Universidade Federal Fluminense

    Professora Adjunta na área de Saúde e Meio Ambiente, vinculada ao curso Interdisciplinar em Educação do Campo – Departamento de Ciências Humanas da Universidade Federal Fluminense (UFF). Docente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino da UFF. Coordenadora do Laboratório de Estudos Decoloniais (LEDec). Doutora em Educação, Cultura da Sustentabilidade e Desenvolvimento pela Universidade de Santiago de Compostela – Espanha – com financiamento da União Europeia no marco do programa Erasmus Mundus External Cooperation Window (EACEA) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Colabora com redes de pesquisas em âmbito nacional e internacional. É membro titular da Comissão Permanente de Sustentabilidade da Universidade Federal Fluminense (CPS).

  • Lucas do Couto Neves, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural - PPG MADER, da Universidade Brasília (UnB). Graduado pela Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo UFF/INFES. Ex-bolsista nos programas: Monitoria; Mobilidade Internacional da UFF. Atualmente bolsista do CNPq no programa de Inovação Tecnológica, Pibiti. Membro do Laboratório de Estudos Decoloniais (LEDec).

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Publicado

2021-12-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Educadores do campo e movimentos sociais em formação: embates políticos em defesa das escolas do campo no noroeste fluminense. Cadernos CIMEAC, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 63–92, 2021. DOI: 10.18554/cimeac.v11i2.5434. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/cimeac/article/view/5434. Acesso em: 8 out. 2025.