O corpo negro não tem nome: enfrentando o racismo no currículo de Ciências
DOI:
https://doi.org/10.18554/cimeac.v11i1.5275Resumo
O artigo propõe-se a refletir sobre as possibilidades de uma educação antirracista, enfrentando a responsabilidade científica na construção do racismo e, para isto, examina as alternativas do currículo de Ciências nesta desconstrução. Tomando a proposição teórica de Ivor Goodson, quando aponta as possibilidades de uma aprendizagem narrativa, o artigo se debruça sobre os relatos de um professor de Ciências que atua em uma escola pública do município do Rio de Janeiro, onde, continuamente, desenvolve um projeto curricular. Este projeto é centrado na disciplina Ciências Naturais, mas envolve outras disciplinas, tendo a Revolta de Vassouras, RJ, no período escravocrata, como pano de fundo. O artigo faz uma releitura de uma pesquisa que analisou o trabalho desse professor (FERREIRA, 2016) e traz suas narrativas sobre a experiência relatada. Esta releitura traça diálogos entre currículo narrativo e linguagem da possibilidade e enfatiza a potência do projeto como modo de interpelação do discurso racista-biológico.
Palavras-chave: Currículo narrativo. Educação em Ciências. Racismo.
Abstract: The article aims to reflect on the possibilities of an anti-racist education, facing science responsibility in building racism, and for this examines the alternatives of the school curriculum in this deconstruction. Taking Ivor Goodson's theoretical proposition, when he points out the possibilities of narrative learning, the article focuses on the reports of a science teacher who works in a public school in the city of Rio de Janeiro, where he continuously develops a curricular project. This project is centered on the school discipline sciences, but it involves other disciplines, taking the “Revolta de Vassouras”, RJ, during the slave period, as a background. The article re-reads a research that analyzed the teacher's work (FERREIRA, 2016) and uses his narratives about the experience. This reinterpretation traces dialogues between narrative curriculum and pedagogy of possibilities and emphasizes the power of this work as a way to challenge the racist-biological discourse.
Keywords: Narrative curriculum. Science education. Racism.
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