EVOLUÇÃO DA COMPLETUDE DAS INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE NEONATAL EM MINAS GERAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/reas.v8i2.3734

Resumo

Objetivo: analisar a evolução temporal e a qualidade das informações sobre a mortalidade neonatal em Minas Gerais. Métodos: estudo ecológico e de tendência temporal, utilizando informações relacionadas as Declaração de Óbito neonatal disponibilizadas em sistema eletrônico de domínio público no período de 1996 a 2014. Foram considerados aspectos maternos e da gestação, características do parto, do recém-nascido e aspectos relacionados ao óbito neonatal para a classificação da completude e, definição do modelo polinomial para avaliação da tendência por coeficiente de determinação e correlação de Pearson. Resultados: variáveis sexo do recém-nascido (média=0,6; IC 95% 0,5-0,7), idade do óbito (média=0,3;IC 95% 0,1-0,5) e local do óbito (média=0,3;IC 95% 0,1-0,4) apresentaram excelente completude. Modelo polinomial de primeira ordem foi determinante para explicação de tendência de redução da incompletude na maioria das variáveis (82%). Conclusão: apesar da tendência de redução da incompletude, é relevante fomentar a discussão sobre o tema, tendo em vista a melhor vigilância dos óbitos neonatais.

Biografia do Autor

Verônica Aparecida Ferreira, Prefeitura Municipal de Uberaba/Enfermeira da Estratégia Saúde da Família

Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Neonatologia. Enfermeira da Estratégia Saúde da Família do município de Uberaba (MG), Brasil.

Damiana Aparecida Trindade Monteiro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro/Hospital de Clínicas

Mestre em Atenção à Saúde. Doutoranda em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba/MG.

Luan Augusto Alves Garcia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Enfermeiro. Especialista em Enfermagem do Trabalho, Gestão dos Serviços em Ergonomia, Gestão Pública em Saúde pela Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Saúde do Adulto na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM.

Mestre em Atenção à Saúde pela UFTM.

Doutorando em Atenção à Saúde pela UFTM.

Fernanda Carolina Camargo, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Mestre e Doutora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde da UFTM. Epidemiologista Clínica do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Gerencia de Ensino e Pesquisa - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG), Brasil.

Divanice Contim, Universidade Federal do Triângulo Mineiro/Programa de Pós Graduação em Atenção à Saúde

Enfermeira. Mestre e Doutora pela Universidade Federal de São Paulo. Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG), Brasil.

Jesislei Bonolo do Amaral, Universidade Federal do Triângulo Mineiro/Curso de Graduação em Enfermagem

Enfermeira. Doutora em Atenção à Saúde da UFTM. Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG), Brasil.

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Publicado

2020-01-22

Edição

Seção

Artigos Originais