AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA VACINA ORAL CONTRA ROTAVÍRUS HUMANO NO BRASIL

Autores

  • Jacqueline Faria de Oliveira UFTM
  • Jesislei Bonolo do Amaral UFTM
  • Karoline Faria de Oliveira UFTM
  • Jurema Ribeiro Luiz Gonçalves UFTM

DOI:

https://doi.org/10.18554/

Resumo

Dentre os agentes etiológicos da doença diarreica aguda, o rotavírus está associado com cerca de 30 a 50% dos casos de diarreia. Objetivo: Avaliar o impacto da vacinação contra o rotavírus sobre a morbimortalidade das gastroenterites em menores de cinco anos nas cinco regiões do país. Métodos: Trata-se de estudo quantitativo com dados de mortalidade, morbidade, população e cobertura vacinal provenientes de fonte secundária. Os dados foram submetidos a testes quantitativos de média, desvio padrão e correlação. Resultados: Observou-se queda significativa da morbimortalidade entre crianças menores de um ano no período após a introdução da vacina oral contra o rotavírus humano no Brasil. Entre a população de um a quatro anos não observou-se quedas. Conclusão: A introdução da vacina no calendário vacinal do país teve grande impacto na morbimortalidade entre a população de crianças menores de um ano.

Biografia do Autor

Jacqueline Faria de Oliveira, UFTM

Enfermeira, Mestranda em Atenção à Saúde na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro).

Jesislei Bonolo do Amaral, UFTM

Mestre em Enfermagem, Professora Assistente da UFTM.

Karoline Faria de Oliveira, UFTM

Mestre em Atenção à Saúde, Doutoranda em Atenção à Saúde na UFTM.

Jurema Ribeiro Luiz Gonçalves, UFTM

Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto da UFTM.

Referências

Parashar UD, Hummelman EG, Breese JS, Miller AM, Glass RI. Global illness and deaths caused by rotavirus disease in children. Emerging Infectious Diseases. 2003, 9(5):565-572

Cauás RC, Falbo AR, Correia JB, Oliveira KMM, Montenegro FMU. Diarréia por rotavírus em crianças desnutridas hospitalizadas no Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira, IMIP. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil. 2006; 6 (supl 1):77-83

Silva MLR, Naveca FG, Carvalho IP. Epidemiological aspects of rotavirus infections in Minas Gerais. Brazilian Journal of Infectious Diseases. 2001,5(4):215-222

Linhares AC. Epidemiologia das infecções por rotavírus no Brasil e os desafios para o seu controle. Caderno de Saúde Publica. 2000,16(3):224-248

Brasil. Ministério da Saúde. Doença diarreica por rotavirus: Vigilância Epidemiológica e Prevenção Pela Vacina Oral de Rotavírus Humano (VORH). Brasília, DF, 2006.

Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Vigilância do Rotavírus no Brasil. Brasília, DF, 2009.

Kosek M, Bern C, Guerrant RL. The global burden of diarrhoeal disease, as estimated from studies published between 1992 and 2000. Bull World Health Organ. 2003; 81 (3): 197-204

Carmo GMI, Yen C, Cortes J, Siqueira AA, Oliveira WK et al. Decline in Diarrhea Mortality and Admissions after Routine Childhood Rotavirus Immunization in Brazil: A Time-Series Analysis. PLoS Med. 2011.

Rissardo KL, Furlan MCR, Marcon SS, Ferrer ALM, Oliveira RG. Hospital morbity before and after vaccination program against rotavirus in the state of Paraná – Brazil: descriptive-ecological study. Online Brazilian Journal of Nursing. 2010 nov.; 9 (2).

Brasil. Ministério da Saúde. Informe Técnico: Doença Diarréica por Rotavírus: Vigilância Epidemiológica e Prevenção pela Vacina Oral de Rotavírus Humano. Brasília, DF, 2008.

Esparza-Aguilar M, Bautista-Márquez A, González-Andrade MC, Richardson-López-Collada VL. Mortalidad por enfermedad diarreica en menores, antes y después de la introducción de la vacuna contra el rotavirus. Salud Publica Mex. 2009; 51 (4):285-290

Curns AT, Steiner CA, Barrett M, Hunter K, Wilson E, et al. Reduction in acute gastroenteritis hospitalizations among US children after introduction of rotavirus vaccine: analysis of hospital discharge data from 18 US states. J Infect Dis. 2010, 201:1617-1624.

Lambert SB, Faux CE, Hall L, Birrell FA, Peterson KV, et al. Early evidence for direct and indirect effects of the infant rotavirus vaccine program in Queensland. Med J Aust. 2009; 191:157-160

Munos MK,Walker CLF, Black RE. The effect of rotavirus vaccine on diarrhoea mortality. Int J Epidemiol. 2010 abr.; 39 (supl 1): 56-62

Borges AMT, Souza MD, Fiaccadori FS, Cardoso DDP. Monitoring the circulation of rotavirus among children after the introduction of the RotarixTM vaccine in Goiânia, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 2011, 106(4), 499-501.

Morillo SG, et al. Caracterização de genótipos de rotavírus em creches: era pré- e pós-vacinação contra o rotavírus. J. Pediatr. (Rio J.). 2010, 86(2), 155-158.

CVE [website]. São Paulo: Centro de Vigilância Epidemiológica. [acesso em 17 jul 2011]. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/rotavirus_dados.html.

Sartori AMC, Valentim J, Soarez PC, Novaes HMD. Rotavirus morbidity and mortality in children in Brazil. Rev Panam Salud Publica. 2008, 23(2),92-100.

Nieto Guevara J, Lopez Ó, Gonzalez G. Impacto de la introducción de la vacuna contra el rotavirus en la hospitalización por gastroenteritis aguda grave en el Hospital del Niño de la Ciudad de Panamá. Rev Panam Salud Publica [online]. 2008, 24(3), 189-194.

Gouvea VS, Dias GS, Aguiar EA, Pedro AR, Fichman ER, Chinem ES, Gomes SP, Domingues ALS. Acute gastroenteritis in a pediatric hospital in Rio de Janeiro in pré- and post-rotavirus vaccination settings. Open Virol. J. 2009, 3:26-30

Downloads

Edição

Seção

Artigos Originais