O índice na criança: a estrutura semiótica de sinais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v13i2.4694

Palavras-chave:

Índice. Criança. Estrutura semiótica.

Resumo

O índice na criança. Esta é a temática central deste artigo. Nossas discussões voltam-se para a questão de que como a criança, na fase de seu balbucio, internaliza os fatos de linguagem e como recepciona-os, já que a criança, nesta fase, não possui o código linguístico inteiramente construído. Ela, a criança, serve-se de sinais, pistas, índices ou indícios provindos de sua estrutura semiótica refletida em gestos de apontar com os dedos e as mãos. Defendemos a tese de que a criança, neste estágio, já compõe-se de signos deîticos que podem ser interpretados pela sua mãe, mesmo com algum resquício de dificuldade. Mesmo que a criança, na fase do balbucio, não produza uma sentença gramatical completa, ela pode significar o seu entorno através de gestos perceptuais que se originam do movimento enfático de seus dedos. A partir desta condição, afirmamos que aí emerge um texto, uma tessitura de significações, mesmo que composta apenas de indícios. O nosso objetivo é realçar a dinâmica deste estado sensório-motor de assimilação das coisas do mundo por parte da criança na fase de seu balbucio. 


Biografia do Autor

Caio César Costa Santos, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Mestre em Letras pela Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

2020-08-31

Como Citar

SANTOS, C. C. C. O índice na criança: a estrutura semiótica de sinais. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 13, n. 2, p. 44–55, 2020. DOI: 10.18554/rt.v13i2.4694. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/4694. Acesso em: 26 abr. 2024.