Autoria, território e alteridade para uma formação intercultural de profesores de ciências

Autores

  • Danilo Seithi Kato UFTM
  • Janaína Zaidan Bicalho Fonseca UFTM

DOI:

https://doi.org/10.18554/cimeac.v11i3.5986

Resumo

Neste artigo analisamos a escrita produzida na universidade por alunos de licenciaturas em Ciências Biológicas, tomando como ponto de partida uma experiência pedagógica denominada Caravana da Diversidade, ação componente do projeto Observatório da Educação para a Biodiversidade. Ambas as iniciativas estão inseridas em um projeto de pesquisa denominado Leitura e escrita no Brasil, Honduras, Angola e Chile: formação na universidade contemporânea e (re)produção de conhecimento . A análise tem como corpus narrativas digitais denominadas Bionarrativas Sociais (BIONAS), cuja produção se deu durante o ano de 2019 por turmas de universidades públicas brasileiras, e está concentrada na seguinte questão: quais indícios de autoria podem emergir de textos produzidos na universidade, mas em gêneros discursivos distintos daqueles geralmente apresentados nestes contextos? A partir do aporte teórico fundamentado principalmente em Bakhtin e Larrosa foi realizada uma análise dos discursos tendo como objeto os textos produzidos pelos licenciandos durante as vivências na ação pedagógica. Por se tratar de uma abordagem qualitativa das investigações do campo educacional, de cunho participativo, os resultados são expressos a partir dos significados e sentidos que emergem dos posicionamentos dos sujeitos frente à situação a que foram expostos. Como principais resultados elegemos a relação com a biodiversidade local, os aspectos identitários e a alteridade como elementos fundamentais no processo de leitura e escrita, favorecendo um posicionamento de fronteira com a linguagem. Esse posicionamento mobiliza saberes distintos para compor enunciados em tensionamento com a palavra do outro.

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Publicado

2021-12-23