Relações entre natureza e cultura - marcas na educação e nos gestos corporais no romance 'O morro dos ventos uivantes'
DOI:
https://doi.org/10.18554/rs.v8i1.2325Palavras-chave:
Literatura, Corpo, LinguagemResumo
Este trabalho pretende observar os aspectos trazidos nas relações entre a natureza e a cultura. Mais especificamente através da educação e dos gestos corporais os quais marcam a fronteira entre os valores e as ações do sujeito, que está entre a experiência individual e a social, entre o subjetivo e o coletivo. À luz de referências da Sociologia serão evidenciados os aspectos sociais dos processos de educação e civilização dos personagens que trazem as marcas da educação, do corpo e do decoro. No romance aqui observado há várias passagens que explicitam os modos ‘selvagens’ ou ‘refinados’ dos seus personagens que protagonizam as relações entre natureza e cultura presentes na obra. Suas experiências traduzem a dicotomia do que é considerado ‘selvagem’, portanto desvalorizado e aquilo que é considerado ‘culto’ e valorizado pela sociedade a qual os personagens representam. Através das teorias dos processos civilizatórios dos indivíduos descritos por Erasmo de Rotterdam e Norbert Elias é elucidada toda disciplina a que o indivíduo se submete para dominar seus instintos naturais de ser humano num esforço de domar sua força, inicialmente animal, para tornar-se civilizado.
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