O dualismo do ensino brasileiro no Ensino Médio integrado

Autores

  • Joceli Pereira Roberto "Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro" http://orcid.org/0000-0003-1629-4042
  • Welisson Marques "Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro"

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v0i0.2690

Palavras-chave:

Ensino Médio Integrado

Resumo

Acreditando na educação como ferramenta emancipadora dos indivíduos é que o presente trabalho propõe a discussão e reflexão sobre a formação histórica da sociedade brasileira e como isso refletiu em sua estrutura educacional, tenciona como contribuição para a diminuição da distância entre o discurso e a prática docente, com vias a minimizar a dicotomia do ensino brasileiro.  A dicotomia refere-se à dualidade existente entre um ensino propedêutico e o ensino técnico. O dualismo é alusivo a um ensino que valoriza determinadas disciplinas e a um público elitizado, com o objetivo de alçá-los a um nível superior, e de outro lado, um ensino que objetiva capacitar mão de obra para o mercado de trabalho. Será feita uma retrospectiva do contexto sócio-histórico da formação da sociedade brasileira, cuja construção está entrelaçada à educação, com o intuito de demonstrar como as características de nossa sociedade refletem diretamente na educação e no ensino brasileiro.

Biografia do Autor

Joceli Pereira Roberto, "Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro"

Possui graduação em Geografia, pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba (2003). Bacharel em Direito pela Universidade de Uberaba (2014). É Pós-Graduada (Lato Sensu), em Educação Ambiental, pela Universidade Castelo Branco - RJ. Atualmente é professora do curso de Geografia- EAD da Universidade de Uberaba e mestranda em Educação Tecnológica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triangulo Mineiro. 

Welisson Marques, "Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro"

Pós-doutor em Educação / Análise do Discurso pela Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Estudos Linguísticos e Mestre em Linguística - fomentado pela CAPES - pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Uberlândia (PPGEL/UFU); Especialista em Metodologia do Ensino-Aprendizagem em Língua Estrangeira - Língua Inglesa. Possui Licenciatura Plena em Letras Português/Inglês e suas respectivas literaturas. É, também, Bacharel em Direito e Bacharel em Teologia, e advogado regularmente inscrito na OAB-MG. Professor e Pesquisador em regime de dedicação exclusiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM). Atua como docente permanente e coordenador no Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado Profissional em Educação Tecnológica; no Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica da Rede Federal (ProfEPT); e, também, na Graduação em Letras / Licenciatura Plena em Língua Portuguesa (IFTM/UAB). É Proficiente em Língua Inglesa pela Universidade de Cambridge (UCLES/CPE) e Universidade de Michigan (Michigan University/ECPE) e em Língua Francesa possui os diplomas DELF (Diplômes dÉtudes en Langue Française). Tem especial interesse pelas relações entre educação, tecnologias, saberes e poderes e pelas construções de verdades, notadamente sobre aprendizes e aprendizagem de línguas no Brasil. Interessa-se, também, por questões atinentes a diferentes modalidades de discursos e suas relações com a semiologia, a memória e a produção de sujeitos na história. É autor das obras: Análise do Discurso Publicitário de Cursos de Idiomas. São Carlos: Pedro & João Editores, 2015. 285 p.; Mensalão e Crise Política: o discurso de Veja ao significar o Partido dos Trabalhadores. Curitiba: Editora Appris, 2011. 155 p.; e co-organizador, juntamente com CONTI, Maria Aparecida; FERNANDES, Cleudemar Alves, das obras: Análise do Discurso e Semiologia. Uberlândia, EDUFU, 2015, 369 p.; e, também, Michel Foucault e o Discurso: aportes teóricos e metodológicos. Uberlândia: EDUFU, 2013, 270 p. Parecerista ad hoc de revistas científicas na área de Educação e Linguística. Ademais, é líder do Grupo de Pesquisa em Discurso e Educação (GPDE/IFTM/CNPq); integra o LEDIF - Laboratório de Estudos Discursivos Foucaultianos (UFU/CNPq) e o El@dis - Laboratório Discursivo: sujeito, rede eletrônica e sentidos em movimento da Universidade de São Paulo (USP/FAPESP).

Referências

ARAUJO, Ronaldo Marcos de Lima; RODRIGUES, Doriedson do Socorro. Referências sobre práticas formativas em educação profissional: O velho travestido de novo frente ao efetivamente novo. Boletim Técnico do SENAC. A Revista da Educação Profissional, Rio de Janeiro, v.36, n.2, maio/ago.2010.

BARONE, Rosa Elisa M. Formação Profissional: uma contribuição para o debate brasileiro contemporâneo a partir da experiência internacional. Boletim Técnico do Senac, Rio de Janeiro, 24(1): 13-25, jan./abr.1998.

BRASIL. Lei n. 9.384, de 20 de setembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

______. Ministério da Educação. Portaria n. 4, de 06 de janeiro de 2009. Estabelecer a relação dos campi que passarão a compor cada um dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, criados pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Disponível em: <http://www.ifrr.edu.br/acessoainformacao/institucional/portaria-n-04-de-12-de-janeiro-de-2009 >. Acesso em: 29 mai. 2018.

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

CIAVATTA, Maria. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. In:______; FRIGOTTO. G.; RAMOS, Marise N. Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Fazendo pelas mãos a cabeça do trabalhador: o trabalho como elemento pedagógico na formação profissional. In: Cadernos de Pesquisa. Fundação Carlos Chagas, São Paulo, n. 47, p. 38-45, nov.1993.

__________________; CIAVATTA. M; RAMOS, Marise N. Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 1999.

LIBÂNEO, Carlos José. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.38, n.1, p13-28, 2012.

MOURA, Dante Henrique. Educação básica e educação profissional e tecnológica: dualidade histórica e perspectiva de integração. Holos, Natal, v.2, p.1-27, 2007.

Downloads

Publicado

2018-04-30

Como Citar

ROBERTO, J. P.; MARQUES, W. O dualismo do ensino brasileiro no Ensino Médio integrado. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 11, n. 1, p. 20–32, 2018. DOI: 10.18554/rt.v0i0.2690. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/2690. Acesso em: 19 abr. 2024.