As lembranças se conservam em nosso cérebro? Um problema bergsoniano
DOI:
https://doi.org/10.18554/rt.v0i0.4420Palavras-chave:
Lembranças. Cérebro. Conservação. Bergson. Coexistência.Resumo
A temática central deste artigo reside na resposta à questão: as lembranças se conservam em nosso cérebro? De início, parece-nos uma questão de fácil resposta se respondêssemos categoricamente que as lembranças se alojam em uma parte específica de nosso cérebro. Tanto é que estamos acostumados com esta definição. Contudo, não é esta bem a proposta deste presente estudo. Amparado principalmente nas pesquisas dos filósofos Bergson (2009, 2010, 2014) e Deleuze (2012), este estudo mostrará que as lembranças residem nelas mesmas, ou melhor, “na” duração. Entende-se por “duração” uma sucinta passagem ou uma mudança repentina da evolução do tempo. O nosso objetivo é demonstrar que a hipótese dos neurocientistas quanto à localização das lembranças está equivocada, pois, segundo a perspectiva bergsoniana, há uma coexistência modo-temporal entre o atual, a percepção e o virtual, a lembrança. Logo, o cérebro, enquanto matéria, não pode comportar essa tal coexistência.
Referências
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