DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA:

PARADIGMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Autores

  • Sebastiana Gama dos Santos Universidade Federal do Acre - UFAC

DOI:

https://doi.org/10.18554/rt.v14i2.5111

Palavras-chave:

Educação Inclusiva, Direito, Legislação, Política pública

Resumo

O artigo discute o processo de inclusão escolar de alunos com deficiência por meio de uma pesquisa bibliográfica, documental e empírica, de cunho qualitativo, fazendo uma contextualização das mudanças ocorridas ao longo dos anos e que foram influenciando as políticas educacionais brasileiras. Como fundamentação teórica, recorreu-se às análises de Ferreira (2003); Mantoan (2003); Mendes (2006); Bezerra (2017). Foram consultados ainda os documentos normativos como a CF de 1988, LDB DE 1996; Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990); Declaração de Salamanca (1994); Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Como material investigativo, foram utilizados os dados obtidos por meio de pesquisa realizada no ano de 2017 em uma escola Estadual de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, do município de Rio Branco-Acre. Analisou-se o processo de inclusão de estudantes com deficiência, por meio da atuação das professoras regentes das salas comuns, bem como pela atuação dos profissionais da educação especial. Os dados permitiram afirmar que os esforços para a promoção de uma educação inclusiva ainda estão aquém das determinações legais, o que provoca em certa medida a reprodução e legitimação das desigualdades no interior da escola e da sala de aula.

Biografia do Autor

Sebastiana Gama dos Santos, Universidade Federal do Acre - UFAC

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Acre.  Coordenadora Pedagógica na Escola Iza Mello.

Referências

BATISTA, C. A. M.; Mantoan, M. T. E. Educação inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. 2. ed. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2006.

BORDIEU, Pierre. A reprodução. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96. Brasília/DF: Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal, 1997.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: revista da educação especial, Brasília, v. 4, n. 1, p. 7-17, jan./jun. 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Resolução CNE/CEB 2/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de janeiro de 2001b. Seção 1E, p. 39?40. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf> Acesso em 31 de outubro de 2020.

BUENO, J. G. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 3. n.5, 7-25, 1999.

COLL, Cesar; MARCHESI Alvaro; PALACIOS Jesus & colaboradores. Desenvolvimento psicolo?gico e educação. Artmed, 2004.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GLAT, R., BLANCO, L.M. V. Educação Especial no contexto de uma Educação Inclusiva. In: Glat, R. (Org). Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Editora Sette Letras; 2009, p. 15-35.

JANNUZZI, G. M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.

LIMA, P. A. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão é o Privilégio de Conviver com as Diferenças. In Nova Escola, maio, 2005.

MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: histórias e políticas públicas. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

MESQUITA. Amélia Maria Araújo. Currículo e Educação inclusiva: as políticas curriculares nacionais. Espaço do Currículo. v.3, n.1, p.305-315, 2010. Disponível em <<http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec 305>> Acesso em 30 de novembro de 2020.

MENDES, Enicéia Gonçalves. A Radicalização do debate sobre Inclusão Escolar. In: Revista Brasileira de Educação, v.11, n.11. São Paulo: Associação Nacional de Pesquisa em Educação, 2006. (p.387-395).

NOZU, W. C. S. Política e gestão do Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais de Paranaíba/MS: uma análise das práticas discursivas e não discursivas. 2013. 241f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2013.

PICCHI, M. B. Parceiros da inclusão social. São Paulo: Arte & Ciência, 2002.

PRODANOV, Cleber Cristiano. FREITAS, Ernani César de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnica de pesquisa do trabalho acadêmico. 2. Ed. Novo Haburgo: Feevale, 2013.

URBANEK, Dinéia; ROSS, Paulo. Educação Inclusiva – Curitiba: Fael, 2011.

VIZIN, M. (Org.). Políticas públicas: educação, tecnologias e pessoas com deficiências. Campinas, Mercado das Letras, 2003.

Downloads

Publicado

2021-09-20

Como Citar

SANTOS, S. G. dos. DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: : PARADIGMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. Revista Triângulo, Uberaba - MG, v. 14, n. 2, p. 114–132, 2021. DOI: 10.18554/rt.v14i2.5111. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/5111. Acesso em: 20 nov. 2024.